The Best surfers in the Best waves
Duas etapas já aconteceram no principal circuito mundial da World Surf League, ambas na Austrália. Uma na Gold Coast e outra em Bells. Duas etapas muito boas para os surfistas brasileiros, mas terríveis se formos analisar a qualidade das ondas. Os mais críticos dizem que estão escolhendo mal as ondas de abertura do circuito. Os mais místicos poderiam dizer que Netuno está contra a WSL. Independente da análise, o slogan “The Best surfers in the Best waves” até o momento parece uma daquelas propagandas enganosas.
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Globo e você, alguma coisa a ver?
A World Surf League anunciou essa semana uma parceria de transmissão por vários anos com a Globosat do Brasil, um acordo que pelo menos na teoria pode levar o surf a 50 milhões de telespectadores brasileiros. Como naquela máxima que diz que “quando o filho fica bonito, todo mundo quer ser o pais da criança”, a Globo aproveita o embalo do surf no Brasil com o título mundial mundial de Gabriel Medina em 2014 e com a atual liderança de Filipe Toledo no ranking mundial para garantir os direitos de transmissão no país. Como se trata da Globo, na internet há muito mais gente reclamando do oportunismo desta emissora do que elogiando a parceria. Pelo que ficamos sabendo, o mais provável que aconteça é que os canais Globosat não tem espaço em suas grades de programação e que eles repassariam os direitos para a ESPN, que é quem já vem transmitindo o surf com excelência há um bom tempo. Uma coisa é certa, a Globosat investiu uma boa grana na WSL, que pela primeira vez esse ano vê algum retorno financeiro em seu circuito. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
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Rebel Tour ou Equal Tour?
Em 2010 o trio composto por Kelly Slater, seu empresário Terry Hardy e o ex-promotor de boxe Mat Tinley, tentou implantar o Rebel Tour, um circuito “rebelde” paralelo, composto pelos melhores 16 surfistas do mundo e realizado em ondas especiais. Era uma resposta de Slater e sua turma para o então circuito mundial, que na época estava um pouco chato, desgastado e absolutamente controlado pelas três grandes marcas do esporte (Quiksilver, Billabong e Rip Curl). A ESPN faria o televisionamento, a premiação iria aumentar e o Rebel Tour seria o dono dos direitos de transmissão em vez das marcas patrocinadoras. Não fosse o Andy Irons, que na época mobilizou a maioria dos surfistas contra o "circuito do Kelly", a turma do Rebel Tour teria conseguido implementar o seu plano. pois bem, o tempo passou , Andy já não está mais entre nós e os tempos mudaram. O que vemos hoje na WSL é exatamente o Rebel Tour, afinal tem o Terry Hardy, tem um promotor esportivo (Paul Speaker) e tem os mesmos conceitos do antigo Rebel tour. Mas o que realmente mudou? Nada. A exemplo do que acontece na política tradicional, quando a oposição vira situação descobre que as coisas na verdade não são nada fáceis. As ondas perfeitas ainda não apareceram, os campeonatos continuam com um formato desgastado e chato e se continua buscando um patrocínio que traga lucros para a entidade (que nem é mais uma entidade, mas uma empresa privada). Sem falar que o tal circuito empolgante e midiático continua sendo o mesmo e desgastado circuito mundial da ASP. E há quem diga que o circuito hoje está ainda masi chato.
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Alejo Muniz dentro da etapa de Margaret River
Enfim uma notícia boa para um cara merecedor. O catarinense Alejo Muniz foi convidado para participar do Drug Aware Margaret River Pro, a terceira etapa do circuito mundial da WSL, que acontece em Margaret River, Austrália, de 15 a 26 de abril. Atual número 2 do QS, Alejo terá uma chance de novamente competir entre a elite e de conquistar valiosos pontos nesea etapa.
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O “dono” do surf mundial é também um poluidor dos mares?
O site Beachgrit.com (aquele que publica o que a mídia convencional não publica) foi quem fez a denúncia: Dirk Ziff, o milionário que atualmente é o “dono” da WSL, também é dono de uma concessão de óleo em Queensland que trará grandes danos a Grande Barreira de Corais e à vida marinha naquele importante santuário ecológico. O que ninguém entende (pelo menos nós surfistas) é como pode o maior investidor do surf mundial ser ao mesmo tempo o financiador de um esporte ecológico, saudável e que precisa da saúde das praias para continuar existindo e ao mesmo tempo um terrorista ecológico
Fontes: http://beachgrit.com/is-the-owner-of-wsl-an-ecological-terrorist/ e http://www.thefreeridevoice.com/2015/04/03/raw-and-the-cooked-the-goose-is-served-sir/
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A propósito, a WSL retirou suas transmissões do player do Youtube em passou a usar o Player do Akamai para esconder seus baixos números de audiência?
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