Nesse final de semana, 5 e 6 de maio de 2018, o mundo enfim pode assistir ao vivo a elite mundial competindo na famosa e ainda pouco conhecida piscina de ondas do Kelly Slater, que fica em Lemoore, Califórnia. Um campeonato
de surf inédito, cheio de novidades, com novo formato e totalmente adaptado à
televisão e aos jogos olímpicos em uma
espécie de estadio de surf com uma onda que as vezes lembra Trestles e as vezes lembra Snapper. Nada mal para uma piscina com ondas artificiais.
Mesmo a milhares de quilometros de distancia a onda do Surf Ranch parece ser realmente incrível de se surfar. Tanto a esquerda quanto a
direita têm personalidades bemdiferentes, ambas tem sessões de manobra e de tubo e, literalmente, não tem um pingo d ´água
fora do lugar. Ondas rápidas, perfeitas, sempre pra frente e que testaram a sério as
habilidades e o preparo físico dos melhores surfistas do mundo.
O evento foi bom para os surfistas, bom para o público, bom para a mídia e especialmente bom para os negócios. Os figurões todos sorrindo, o surf sendo levado a um outro
patamar, capitalistamente falando, e o nosso esporte dando um grande passo em direção ao futuro estando a quase 200 km do mar. Pura ironia. O potencial econômico desse projeto, o
possível futuro olímpico, as oportunidades comerciais, a transformação de
surfistas em ídolos mundiais do mainstream. Há tantos fogos de artifício sobre
a piscina do Kelly que quase nos ofusca a vista.
FOUNDERS
O Founders´Cup é um evento em homenagem aos fundadores do surf profissional: Wayne Rabbit Bartholomew, Ian Cairns, Fred Hemmings, Randy Rarick, Mark Richards, Shaun Tomson e Peter Townend. Grandes nomes do nosso esporte e pessoas que plantaram as boas sementes do surf profissional Leia mais sobre eles aqui.
NOVIDADES
O Founders´ Cup trouxe muitas novidades ao surf competitivo. Pela primeira vez na história ninguém teve que se preocupar com as ondas, com swell, nem com disputa de onda, nem com interferências,
ou com tubarões, , nem com a correnteza, nem com day off, muito menos com o Kieren Perrow. Estava
tudo cirurgicamente limpo, planejado e organizado e pudemos enxergar, nitidamente e na prática, o que uma Olimpiada é capaz de fazer com um esporte.
A maior novidade desse evento foi o Formato. Uma competição entre times, cada time representando um país ou uma região do planeta e composto por 5 surfistas: Três homens e Duas mulheres.
Na primeira fase da competição acontecem 3 rodadas onde os times surfam juntos e ninguém surfa contra ninguém. Cada membro do grupo pega duas ondas, uma esquerda e uma direita, com pontuação até 10 pontos.
No final das 3 rodadas cada surfista soma sua melhor nota na esquerda e sua melhor nota na direita e os pontos contribuem para o total da equipe. Os 3 melhores times vão para a final, os dois piores acabam sendo eliminados.
Na Final os três times entram na água e cada membro surfa duas ondas, uma esquerda e uma direita, mas conta somente a melhor nota entre as duas ondas (independente do lado que foi surfada). São 5 rodadas de qualificação. As baterias 1, 2 e 3 dão 2 pontos para o 1º lugar, 1 ponto para o 2º lugar e 0 pontos para o 3º lugar. As baterias 4 (só para mulheres) e 5 (só para homens) dão 4 pontos para o 1º lugar, 1 ponto para o 2 lugar e 0 pontos para o 3º lugar. A equipe com maior número de pontos vence.
Uma das poucas coisas legais desse evento foi que o formato se aproximou mais das competições de skate. Cada surfista tinha direito a três
“voltas”, surfando uma esquerda e surfando a direita na
volta e já saia da água direto para a entrevista. Um
evento totalmente adaptado para a televisão e já voltado para o formato
olímpico.
Apesar de serem minoria no time, as meninas fizeram toda a diferença nos times e no evento. Se alguém ainda tinha dúvidas de que as meninas poderiam competir e vencer os meninos em condições de igualdade, essa dúvida caiu por terra. Ou por piscina. As meninas simplesmente detonaram com um surfe de altíssima qualidade.
A ONDA
A onda é incrivelmente longa, parece bem forte e é
absurdamente perfeita para uma piscina. A esquerda e a direita tem personalidade bem diferentes. Enquanto a esquerda lembra um pouco Trestles, a direita lembra um pouco Snapper Rocks. E ambas exigiram muita técnica e muito preparo físico dos surfistas. Ondas sempre rápidas, sempre pra
frente. Vacilou caiu. Não se pode colocar a culpa nas ondas. Definitivamente não. No primeiro round elas estavam rápidas demais, mas depois de corrigido o nivel de surf cresceu muito.
OS TIMES
O BRAZIL TEAM foi
com Adriano de Souza, Filipe Toledo, Gabriel Medina, Silvana Lima e Tainá
Hinckel. Um time com quatro grandes competidores e uma jovem promessa. Um
time jovem, talentoso, agressivo e com dois campeões mundiais.
O WORLD TEAM foi
com Bianca Buitendag (ZAF), Jordy Smith (ZAF), Kanoa Igarashi (JAP), Michel Bourez (PYF) e Paige Hareb (NZL).
Um time forte, muito competitivo, bastante consistente e com potencial para surpreender.
O AUSTRALIA TEAM foi
com uma verdadeira seleção australiana. Joel Parkinson, Matt Wilkinson, Mick Fanning,
Stephanie Gilmore e Tyler Wright. Quatro campeões mundiais (e 12 títulos
mundiais no curriculum). Um time muito forte e muito experiente.
O EUROPE TEAM foi
com Frankie Harrer (GER), Frederico Morais (POR), Jeremy Flores (FRA), Johanne Defay (FRA) e Leonardo
Fioravanti (ITA). Um time jovem e cheio de vontade.
O USA
TEAM foi com Carissa Moore, John John Florence, Kolohe Andino, Lakey Peterson e o dono da piscina, capitão
do time, astro do show e criador da onda Kelly Slater. Um time muito forte, com
três campeões mundiais, com 16 títulos mundiais no curriculum e com o dono dos
segredos da onda como capitão do time.
Foto: WSL / Cestari
O EVENTO
DIA 1
O Round 1 do evento foi chato, monótono e tedioso. Uma onda perfeita demais e rápida demais fez com que pouca gente conseguisse mostrar um surf de qualidade. Muita gente reclamou na internet e com razão. Esse campeonato começou tedioso e sem grandes emoções. O time americano surfou melhor nessa primeira rodada, o World Team ficou em 2º, a Australia ficou em 3º, Brasil ficou 4º lugar e a Europa em 5º.
No Round 2 a onda foi nitidamente ajustada e ficou bem melhor tanto para quem surfou como para quem assistiu. Filipe Toledo e Gabriel Medina simplesmente destruíram a onda com performances de cair o queixo. Filipinho fez o primeiro 10 da competição. E se valeu 10 na piscina Medina também deveria ter feito o seu. Medina entubou muito fundo, por muito tempo e finalizou sua onda com um rodeo clown. John John também mereceu destaque (mas não uma nota 9.8).
O primeiro dia foi finalizado com o time norte-americano liderando com 5 pontos de vantagem sobre a equipe australiana e com o Brasil na 4ª colocação.
DIA 2
No Round 3 os surfistas já estavam bem mais entrosados com a onda. Principalmente o time brasileiro. Filipe Toledo fez um 9.40 na esquerda, Mineiro fez um 8,67 também na esquerda e Medina um 9.07 na direita. A Tainá surfou com mais segurança e a Silvana Lima se adaptou bem as ondas do Surf Ranch.
Os times dos Estados Unidos e do Brasil finalizaram essa primeira fase em 1º
e 2º respectivamente.
Os times World e Australia empataram na terceira colocação e foram para o desempate. O time Mundo escolheu Page Hareb e
Jordy Smith e ambos surfaram muito bem. O time Australia escolheu
Matt Wilkinson e Tyler Wright, mas Wilko caiu logo no começo da onda, marcou pouco
mai de 4 pontos e ferrou com o sonho australiano. Tyler surfou muito bem mas
nem um 10 a salvaria e a Australia acabou eliminada da competição junto com o time europeu.
USA TEAM, BRAZIL TEAM e WORLD TEAM foram para as finais do
evento.
FINAL
Michel Bourez abriu a primeira bateria das finais surfando muito forte na esquerda, mas caiu no meio da onda e
marcou 5.17. Na direita Michel
surfou mal, fez duas manobras e caiu logo no inicio do peimeiro tubo e marcou 3.33.
Medina veio logo em seguida e fez literalmente uma volta
olímpica. Destruiu a esquerda e fez 9.07 e depois destruiu a direita e fez mais
9,67. Uma onda muito muito muito
forte e uma apresentação avassaladora.
John John fez a terceira apresentação da final, caiu de cara
na esquerda e fez 1.60. Na direita JJ começou bem mas caiu novamente no tubo e
marcou 3,90. Mais um péssimo campeonato para o campeão mundial em 2018.
Bianca Buitandag surfou um pouco lenta mas surfou bem na
esquerda e marcou 6.07. Na direita
acabou errando e caiu no tubo. Uma apresentação bem fraca da sul-africana.
Tainá Hinckel surfou com mais confiança hoje, fez a onda
toda como se estivesse surfando em casa, na Guarda do Embaú, e marcou 5.27. Na direita Tainá manobrou
bem forte, entubou duas vezes, manobrou e tentou entubar pela terceira vez, dessa vez
bem na portinha e marcou só 5.67.
Lakey Peterson surfou uma ótima esquerda, surfou com
estilo e com agressividade, fez um tubo muito curtinho e marcou 8.00. Na direita Lakey mais uma vez
surfou com excelência e fez 7.27.
Kanoa Igarashi caiu logo no início da esquerda e fez 2.00. Depois ele disse que foi para economizar as pernas para a direita. Na direita Kanoa surfou bem, entubou fundo, fez algumas manobras e finalizou
muito bem sua onda. Marcou 8,93.
Adriano de Souza forçou bem suas manobras na esquerda,
surfou sempre forte, mas burocrático, entubou fundo na esquerdinha e marcou 8.57. Definitivamente a melhor esquerda
da final até então. Na direita Mineiro surfou muito forte. Entubou fundo, mas
acabou caindo e só marcou 7.17.
Kolohe Andino fez tudo certinho na esquerda mas surfou com
muito menos pressão que os outros surfistas e marcou 7.77.
Na direita Kolohe arriscou um grande aéreo no meio da onda, caiu e marcou só 4.83.
Paige Hareb surfou meio burocrática na esquerda, caiu no
tubo e fez 6.07. Na direita surfou um pouco pior e marcou 3.23.
Silvana Lima surfou bem na esquerda, fez uma linha bem
agressiva mas não saiu do tubo no finalzinho da onda e marcou 6.13. Na direita
Silvana Lima surfou muito forte, entubou fundo, manobrou bem e finalizou com um
tubão. Uma onda espetacular da brasileira que marcou 9.17 (merecia mais).
Carissa Moore caiu na água logo na sequencia e surfou a
esquerda com excelência. Marcou 8.73. Na direita Carissa entubou raso em todas
as vezes, não manobrou tão forte, fez mais um tubo no final da onda, errou o aéreo de
finalização e marcou 8.77.
Jordy Smith fez uma esquerda burocrática, arriscou um rodeo
clown no final da onda e caiu e ganhou 7.50. Na direita Jordy desperdiçou sessão, não
entubou tão fundo, e deu um alley oop no final da onda que não foi tão limpo e marcou um
inacreditável 9.27.
Filipe não surfou muito bem na esquerda, que era o seu real objetivo e marcou 7.33. Na direita Filipe
caiu logo no inicio da onda, marcou só 4.93 e definitivamente acabou com as chances do Brasil de vencer essa etapa.
Kelly fechou a final quase que com chave-de-ouro. Surfou muito bem na esquerda e fez um 8 pontos e destruiu
a direita com a perfeição que só o criador da onda poderia fazer e ganhou 9 pontos, uma nota um pouco baixa para a performance do norte-americano que precisava de pelo menos meio ponto a mais. Com o 9 do Kelly o time mundo, formado por Bianca Buitendag (ZAF), Jordy Smith (ZAF), Kanoa Igarashi (JAP), Michel Bourez (PYF), Paige Hareb (NZL) venceu a competição graças aos pontos de Jordy Smith. O WORLD TEAM, que em momento nenhum encantou, venceu a competição.
O time brasileiro ficou com a 2ª colocação mas fez as duas maiores notas individuais da competição. Com a Nota 10 do evento, Filipe Toledo ficou com o prêmio Jeep Best Ride Award e leva pra casa um Jeep zerado e irado.
Foto: WSL / Cestari
O Fopunders´Cup entregou o que cumpriu. Um evento organizado, com excelentes condições de surf, formatou o evento para a televisão e para as Olimpíadas e mostrou que o surf definitivamente pode ira para esse caminho no futuro e nas Olimpíadas. O campeonato rodou mais redondo do que muita etapa da WSL. Creio que o desafio agora é deixar o evento mais dinâmico e com mais emoção. Não foram poucas as pessoas que acharam esse evento chato. Encontrar esse equilibrio entre informação, emoção e a performance dos atletas ainda precisa ser encontrado.
O JULGAMENTO
Ondas rigorosamente iguais Pelo
menos na teoria isso deixa o julgamento bem menos subjetivo, Estão todos surfando
para os mesmos lados, em ondas com a mesma velocidade, com o mesmo tamanho e em
plenas condições de igualdade. As ondas passar a ter peso nulo e a performance dos atletas fica mais nítida de ser julgada. Mas será que os juízes foram tão
imparciais? Algumas notas surpreenderam, outras causaram desconfiança. O fato de não haver um "heat analyzer" nem videos disponiveis criou um clima não muito transparente, vamos dizer assim.
Claro
que foi legal ver o Filipe Toledo ganhar uma Nota 10 surfando muito mais do que
todo mundo. Mas dar um 10 logo no primeiro dia de uma onda artificial quando
todos ainda tem muito o que evoluir nessas ondas teria sido uma boa decisão? O
surf apresentado pelo brasileiro foi realmente fodástico, mas penso que não se
pode dar uma nota 10 em uma piscina. Há muitos limites a serem ultrapassados
ainda. Dar um 10 assim no primeiro dia da piscina me deixou na dúvida se é um
cacoete ou se foi preguiça.
KELLYLÂNDIA
O 11 vezes campeão mundial construiu um mega parque aquático, criou a melhor piscina de ondas do mundo, esculpiu uma esquerda e uma direita perfeitas (e ainda vai fazer mais duas piscinas ao lado dessa) em Lemoore e ainda pode fazer com que sua piscina vire Arena Olímpica e mude definitivamente a cara do nosso esporte. Nem o Walt Disney foi tão ambicioso.
RESULTADOS
NOTAS
# O Kelly vem dizendo que não pode competir nos eventos da WSL por causa do pé quebrado, mas que vem surfando todo dia e acabou de mostrar que o problema está longe de ser o pé.
# Se o futuro do surf será nessas piscinas sugiro aos competidores
aumentar o treino de pernas. Não faltou gente perdendo sessão ou aliviando nas
manobras porque as pernas não respondiam mais.
# O Kelly treinou muito mais do que todo mundo, fez um evento na sua própria piscina, foi o capitão do time norte-americano, tocou com sua banda no intervalo e ainda quis que todos os surfistas surfassem com a sua prancha. Megalomania é pouco para o careca #Faltou o Heat Analyzer, faltaram notas ao vivo, faltou informação no site, faltaram videos com as ondas inteiras a disposição. Nem sempre menos é mais Tio Kelly. Um evento muito rico foi pobre em informação.
# O site BeachGrit disse que esse evento matou os campeonatos em Beach Break. É exagerado, mas é essa a impressão. Com ondas perfeitas 24 horas a disposição só faz evento em onda ruim quem quer.
A surfista cearense Silvana Lima, uma das melhores e mais radicais surfistas de todos os tempos, acaba de lançar um site para arrecadar dinheiro para voltar à elite do surf mundial feminino. Já que os patrocínios não vieram, a atleta agora aposta na internet para ajudar a bancar seus custos de viagem. Talentosa, dedicada e com um surfe muito radical, Silvana é uma das surfistas mais admiradas e respeitadas do mundo. Vale lembrar que a Silvana Lima foi a primeira mulher a executar aéreos no surfe, é a surfista brasileira com o melhor resultado no circuito mundial WCT, com dois vice-campeonatos mundiais e é a única surfista do Brasil na atualidade com chances de brigar pelo título mundial de surf profissional. Acesse o site www.silvanafree.com e ajude a Silvana Lima a retornar à elite do surfe mundial.
Silvana é uma das grandes surfistas desse país e não deveria ficar sem patrocínio. Essa é mais uma prova da incompetência e da mesquinhez de alguns empresários das marcas de surfwear, que exploram o surfe e o mercado brasileiro, que faturam milhões de dólares todo ano mas que se esquivam de patrocinar eventos e atletas com desculpas esfarrapadas.
Miguel Pupo venceu o local hero Mick Fanning e está garantido no Round 4 da competição.
Por: Dadá Souza
Foi finalizado nessa segunda-feira o 3° Round do Quiksilver Pro Gold Coast 2012. Apesar das ondas pequenas e um pouco balançadas, o que não faltou foram grandes momentos nesse terceiro dia de competições.
Owen Wright venceu a primeira bateria do dia em cima de Matt Wilko, que saiu do mar indignado com a derrota. Josh Kerr venceu a segunda, contra Kieren Perrow, uma bateria bastante disputada. No terceiro confronto do dia, Adriano de Souza enfrentou o americano Kolohe Andino. E diga-se de passagem, Mineiro deu uma aula de surf ao jovem Kolohe. Mineiro foi inteligente e surfou com muito mais power, enquanto Kolohe mandou alguns truques mais leves com suas melhores manobras no inside. Melhor para Adriano, que venceu por 14.07 a 12.74.
Heitor Alves também se deu muito bem no Round 3. Pegou a pedreira Jeremy Flores em uma bateria bastante disputada. Enquanto o francês mandava suas bonitas rasgadas, Heitor aplicou séries explosivas de pancadas no lip e venceu Jeremy, que insistiu a bateria toda com a mesma manobra. Heitor venceu Jeremy por 15.07 a 12.84
Outro que pegou uma pedreira pela frente foi Miguel Pupo, que enfrentou o ídolo local Mick Fanning. Uma das baterias mais esperadas do dia. Enquanto Fanning surfava mais burocrático, Miguel foi mais vertical e explosivo. A energia de Miguel acabou vencendo o feijão com arroz de Mick Fanning.Miguel venceu Fanning por 12.67 a 11.17
Raoni Monteiro foi a baixa do dia. Jordy Smith marcou 6.83 e 8.00 e não deu muitas chances ao Raoni, que mesmo eliminado no Round 3, começou 2012 mostrando muita vontade e muito surf.
Kelly Slater mais uma vez mostrou que está muito bem obrigado. Fez modestos 16.36 para eliminar (fácil) o havaiano Fredrick Patacchia. Joel Parkinson e Taj Burrow também avançaram na competição.
As baterias do Round 4 do Quiksilver Pro Gold Coast
1 Owen Wright (Aus), Josh Kerr (Aus), Adriano de Souza (Bra) 2 Michel Bourez (Tah), Heitor Alves (Bra), Kelly Slater (EUA) 3 Joel Parkinson (Aus), Miguel Pupo (Bra), Jordy Smith (Afr) 4 Julian Wilson (Aus), Adrian Buchan (Aus) Taj Burrow (Aus)
A brasileira Silvana Lima perdeu sua bateria no Round 3, mas terá nova chance agora no Round 4, onde enfrenta Paige Hareb (NZL).
1 Sarah Mason (Nzl) x Carissa Moore (Haw) 2 Paige Hareb (Nzl) x Silvana Lima (Bra) 3 Sally Fitzgibbons (Aus) x Lakey Peterson (EUA) 4 Sofia Mulanovich (Per) x Courtney Conlogue (EUA)
JULGAMENTO O ano mal começou para a ASP e já foram muitas as ondas e baterias em que o público (e até os atletas) duvidaram da decisão dos juízes. O julgamento continuam tão confuso esubjetivo quanto em 2010 e 2011. Assim como acontece com os atletas, penso que deveria haver um ranking de juízes, com rotações anuais, evitando esse entrosamento demasiado entre surfistas e juízes e os constantes “favorecimentos” que acontecem quando as baterias envolvem as “estrelas” do tour. Se os piores perdem o lugar para os surfistas com melhores resultados, certamente poderíamos ver o mesmo em relação aos juízes.
O domingo de sol e com ondas pequenas, mas bem surfáveis na Barra da Tijuca, a etapa feminina do World Tour foi finalizada em grande estilo no Rio de Janeiro. Na bateria final, a havaiana e atual líder do circuito, Carissa Moore enfrentou a australiana Sally Fitzgibbons e ficou com o título da etapa. Aliás, a segunda vitória consecutiva da jovem Carissa (18).
A brasileira Silvana Lima fez uma grande campanha no Billabong Rio Pro 2011 e acabou com a terceira colocação. Silvana surfou bem e bonito, foi agressiva e inteligente e merecia ter ganho essa etapa. Mas com nem tudo que brilha é ouro, Silvana acabou perdendo para a campeã do evento, a havaiana Carissa Moore.
Carissa Moore (HAV) 14,87x 13,80 Sally Fitzgibbons (AUS)
Semifinais 1. Carissa Moore (HAV) 13,67 x 10,33 Silvana Lima (BRA) 2. Sally Fitzgibbons (AUS) 13,16 x 9,23 Stephanie Gilmore (AUS)
Quartas de final 1. Silvana Lima (BRA) 13,63 x 12,27 Tyler Wright (AUS) 2. Carissa Moore (HAV) 11,50 x 9,33 Courtney Conlogue (EUA) 3. Sally Fitzgibbons (AUS) 12,44 x 10,97 Pauline Ado (FRA) 4. Stephanie Gilmore (AUS) 15,10 x Laura Enever 7,57 (AUS)
Ranking do ASP Women’s World Tour 2011 depois de 5 etapas
Adriano de Souza e Silvana Lima foram às Ilhas Mentawaii, numa trip de ondas perfeitas e muita troca de informações. Confere aí o vídeo do Mineirinho que fala muito mais do que minhas mil palavras.
A havaiana Carissa Moore foi a vencedora do Rip Curl Women's Pro. A sexta etapa do tour feminino encerrou nesse sábado, 9 de setembro, em Peniche, Portugal. Na final, Carissa venceu a tricampeã mundial, Stephanie Gilmore e levantou o caneco. A brasileira Silvana Lima ficou na quinta colocação.
Resultado do Rip Curl Pro Women's 2010
1 Carissa Moore (Haw) 2 Stephanie Gilmore (Aus) 3 Claire Bevilacqua (Aus) 3 Sofia Mulanovich (Per) 5 Silvana Lima (Bra) 5 Chelsea Hedges (Aus) 5 Paige Hareb (Nzl) 5 Sally Fitzgibbons (Aus) 9 Nikita Robb (Afr) 9 Lee Ann Curren (Fra) 9 Rebecca Woods (Aus) 9 Nicola Atherton (Aus) 9 Rosanne Hodge (Afr) 9 Coco Ho (Haw) 9 Bethany Hamilton (Haw) 17 Bruna Schmitz (Bra)
Silvana Lima é a atual número 2 do circuito mundial de surf feminino, colada na líder Stephanie Gilmore, e com grandes chances de se tornar a primeira brasileira campeã mundial de surf profissional. Independente do título, Silvana é uma atleta do mesmo naipe da brasileir Marta, a rainha do futebol. São mulheres humildes, guerreiras, dedicadas e com um talento que beira a genialidade.
Os vídeos abaixo eu peguei do YouTube para mostrar (com orgulho) um pouco do surf dessa brasileira que é uma das melhores surfistas do mundo.
Essa semana, enquanto fazia umas pizzas integrais de janta, assisti a top brasileira Silvana Lima, atual número 2 do mundo, em uma aparição especial na novela Viver a Vida, da Rede Globo de TV, dando um depoimento sobre a superação e como o surf modificou a sua vida. Exemplo de vitória e conquista por meio do esporte, a surfista Silvana Lima falou da infância pobre, de como superou as dificuldades e como o esporte (surfe) lhe proporcionou uma vida digna e bem sucedida.
Uma história comovente e uma atleta que nos enche de orgulho. É o surf como esporte de inclusão social. Parabéns Silvana!!