13 de setembro de 2011

Mais profissionalismo, por favor

Por: Dadá Souza

Profissionalismo é o que diferencia os bons dos amadores. E respeito, uma atitude ás vezes meio escassa diante do surf brasileiro, que há tempos vêm merecendo mais reconhecimento, respeito e visibilidade. Tenho toda admiração, reconhecimento e respeito pelos que fizeram o surf competição até hoje e os tenho todos como ídolos eternos do surf nacional, mas nunca o surf brasileiro esteve tão em alta, com talentos tão trabalhados e lapidados como agora. O Brasil está bem no ranking mundial, nossa "seleção brasileira" mostrando resultado, estilo e inovação. Isso é fato. Mas cadê o respeito e a consideração? Fazer um vídeo "brazilian domination" com os brasileiros surfando bem na merreca a ASP faz, mas e o resto do ano? Quem acompanha os eventos da ASP pela internet e sempre abre os heats on demand da vida, sabe bem que raramente se vê um vídeo com as boas ondas dos brasileiros nos vídeos do dia. Boas ondas e manobras simplesmente somem na hora da edição. E isso vale para as fotos e para os vídeos. Já a atuação de alguns americanos e australianos são mais valorizadas e frequentemente recebem vídeos extras com a onda do dia, a manobra do dia, etc. Noto que existe um silencioso movimento na ASP que "seleciona" e edita o que vai (e o que não vai) para o site e para o público. E esse movimento as vezes parece que faz pouco da participação brasileira no circuito mundial, que sempre foi dominado por havaianos, americanos e australianos.

Também me chama a atenção o quanto se troca ou se erra os nomes de nossos atletas. Trocar o nome de um atleta reconhecido internacionalmente pode significar falta de atenção, falta de informação ou até uma certa falta de respeito, todas elas bem fora dos parâmetros que se espera de um trabalho profissional. Mas é o que frequentemente acontece.

Da mídia especializada tenho certeza de que falta de informação não é, já que os surfistas brasileiros estão bem no ranking e fazendo grandes baterias e eventos no circuito mundial de 2011. Da grande mídia já estamos até acostumados a erros grosseiros por falta de compreensão sobre o esporte e a cultura surf. Há tempos essa "grande mídia" simplesmente ignora a participação ou os feitos de nossos atletas nos circuitos brasileiro e mundial. O surf continua sendo um esporte para colocar no pano de fundo de uma novela ou anúncio. Não fosse o dedicado e fiel trabalho que fazem os canais ESPN e Woohoo, o surf esporte e a cultura surf não existiriam hoje na TV brasileira. Verdade seja dita. Pena que são canais a cabo e que nem todos têm acesso.

Nossos surfistas, reconhecidamente atletas profissionais, da elite do surf mundial, ganham muito menos do que mereciam receber (salários e premiações) e ainda têm que aguentar a falta de profissionalismo de uma série de "editores".

Revista da TAM
Trocando as bolas. Jadson no lugar de Mineiro e o Mineiro no lugar do Jadson.


Nome trocado no canal australiano MESURF TV



Vídeo oficial da etapa.
Se tem uma pessoa no tour que não parece em nada com o Jadson é o Patrick Gudauskas.

Um comentário:

  1. Pô brother que bom q sempre tem alguém pra protestar.Já fiz e de vez enqdo, faço essa parte. De dar um pito, nos caras q não conhecem bem o esporte e pecam, com suas atitudes descriminatórias. Os Seppos, os aussies, gostam de pagar nessa, háhá os hawaiianos tbem.Mas valeu teu drop. Abçs

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