27 de fevereiro de 2014

Para onde caminha o circuito mundial?



Nesse dia 1º de março começa na Austrália o WCT 2014. Depois de um ano de inércia em 2013, onde nem a antiga gestão saiu da entidade e nem a nova gestão (ZoSea) assumiu seriamente as rédeas do tour, 2014 começou com várias mudanças. Nem todas boas.

A primeira mudança significativa foi o anuncio da Samsung como patrocinadora do circuito mundial, que agora se chama "Samsung Galaxy ASP World Championship Tour". 

Depois vieram as notícias de que Jeffrey´s Bay retorna ao circuito, no lugar da etapa de Bali. E ontem o anuncio de que a GoPro seria outra nova patrocinadora do WCT. A ZoSea havia prometido mudanças na captação recursos e novos patrocínios, e essas mudanças vieram. Enfim as grandes marcas começam a chegar ao circuito, antes bancado (e absolutamente fechado) pelas marcas que todos conhecem (Billa, Quik e Rip). 

Pois bem, mais dinheiro no tour e novos patrocínios aparentemente são coisas muito boas para o esporte. Mas será que todas as notícias são boas? Não é o que parece.

O circuito mundial hoje, para quem não sabe, (e grosseiramente falando) é da Quiksilver e do Kelly Slater. A tal “Associação” dos surfistas profissionais, que na verdade sempre foi uma empresa privada, foi comprada e hoje é administrada pela ZoSea, empresa comandada por ex(?)-membros da Quiksilver. 

A primeira notícia que chamou a atenção pela arbitrariedade, foi a escolha de Owen Wright para levar a vaga de wildcard, que aparentemente seria mais justa para o Glenn Hall, que surfou mais eventos que Owen em 2013, ficou na sua frente no ranking e que se machucou durante um evento da ASP, enquanto Owen se machucou em uma sessão de freesurf e só surfou e eventos em 2013. Kelly Slater foi para a mídia, defendeu que a vaga deveria ser de Owen, que este já havia disputado o título mundial e que merecia a vaga. A maioria concordou com o Kelly e o Owen subiu para o tour em 2014.
Só que sabe-se lá como, o aussie foi colocado como seed#14, enquanto Tiago Pires, o outro wild card, foi colocado como seed#34. Ou seja, Owen Wright já começa o ano como Seed#13, uma posição parecida com a sua colocação em 2012. O australiano, que quase não surfou no circuito em 2013,  já começa o ano sendo privilegiado e melhor colocado do que a grande maioria dos surfistas que disputaram o circuito o ano inteiro. Não sei como a ASP explica isso, mas decididamente isso não parece justo. O que será que pensam os outros surfistas a respeito disso? Estão todos participando das decisões como “sócios” da entidade?

A segunda notícia que causou inquietação foi que as mudanças mais esperadas pelo público, não vão mesmo rolar. Depois de um longo período de julgamentos tendenciosos e imprecisos, com claro favorecimento em diversas baterias, a grande maioria dos fãs do WCT esperavam mudanças nessa área. E elas não vieram. Aparentemente o Head Judge Richie Porta continua no cargo (mesmo depois de ser o maior responsável por julgamentos pra lá de polêmicos). 

Como disse o blog RealSurfing: “Great, great news for guys like Joel Parko and Julian Wilson: improved scores on the way, boys!!!”

Também pegou mal o caso de Lewis Samuels. O jornalista, tão respeitado pelo público, mal estreou na ASP e já puxaram seu tapete. Tanto seu Power Ranking quando sua participação foram deletadas da entidade. Lewis foi censurado! Falava verdades demais. 



Ninguém falou sobre isso, e essa também vimos pelo Realsurfing. Ao que parece, os atos de violência continuam a ser de certa forma incentivados pela ASP, que continua passando a mão na cabeça dos agressores. Em 2014, durante a etapa do WQS da Australia, o australiano Stuart Kennedy agarrou o pescoço do havaiano Kainoa Igarashi em plena bateria. Os comentaristas, que são mais cargos de confiança da entidade do que comentaristas de verdade, nada falaram. Ah, esqueci: eles não podem falar coisas negativas durante as transmissões. Por outro lado eles podem falar sem parar que os brasileiros são agressivos e que fazem muitos claims.

A última bomba da ASP veio hoje, via SwellNet, que divulgou o e-mail que a ASP enviou para a mídia durante o credenciamento para o Quiksilver Pro, o 1º evento oficialmente executado pela ZoSea. Nas entrelinhas, quase escondido, o seguinte ponto:

I hereby assign in full the rights to all audio, visual, still image or moving content I generate at the Event to ASP.”  Ou seja, ao selecionar “eu concordo”, você estará tendo a honra de atribuir a totalidade dos direitos dos conteúdos de aúdio, vídeo ou foto para a ASP. Suas fotos, vídeos ou entrevistas não serão mais suas, serão da ASP. E sem nenhuma compensação monetária.

Ao que parece, a ASP não vai mais permitir que empresas ou pessoas possam ganhar dinheiro com a marca ASP. Ou seja, se a Red Bull ou a Ford, ou qualquer outra marca que patrocine os atletas do tour, quiserem usar as imagens de seus atletas nos eventos do circuito mundial, não podem mais. E aqui fica uma dúvida intrigante: nesse caso os surfistas agora podem passar a valer menos para as marcas? Ou não?

Quem estava esperando um circuito mundial melhor, com ondas novas, com eventos mais dinâmicos ou com formatos diferenciados, e principalmente com julgamentos mais precisos, parece que vai ter de continuar esperando.

E só para acrescentar, quando o Kelly Slater e Terry Hardy (empresário de Slater e hoje um dos sócios da ZoSea) tentaram implementar em 2010 o Rebel Tour, o havaiano Andy Irons e o australiano Taj Burrow encabeçaram uma “rebelião contra o Rebel Tour”. Nem o Andy, nem a maioria dos outros competidores, queria um circuito comandado (direta ou indiretamente) por Slater. Muito menos enquanto ele fosse competidor. Mas sem um sujeito com a atitude e o carisma de Andy Irons, o Rebel Tour finalmente triunfou e os americanos agora estão no comandando do surf mundial. Se vai ser bom ou não para o esporte, só o futuro dirá. Mas essas primeiras impressões não parecem muito boas.



24 de fevereiro de 2014

Jeffrey-s Bay de volta ao tour!




A Association of Surfing Professionals (ASP) anunciou hoje o retorno da lendária e mítica onda Jeffreys Bay ao WCT 2014. Depois de 3 anos fora do circuito mundial, o J-BAY OPEN, 6ª etapa do Samsung Galaxy World Championship Tour, acontecerá de 10 a 20 de julho e sem o patrocínio da Billabong. A etapa conta com o apoio do JBU Surf Club, da Câmara Municipal da cidade e da Surfing South Africa.

J-Bay é uma das melhores direitas do mundo e sem dúvida alguma merece receber uma etapa do WCT. 

Só para registro, essa etapa na África do Sul vai substituir Bali no calendário 2014 da ASP.

Fonte: ASP

Samsung Galaxy 2014 ASP World Championship Tour (WCT)

1ª etapa - Quiksilver Pro Gold Coast: 01-12 março de 2014
2ª etapa - Margaret River Pro: 2-13 abril de 2014
3ª etapa - Rip Curl Pro Bells Beach : 16-27 abril de 2014
4ª etapa - Billabong Rio Pro: 07-18 maio de 2014
5ª etapa - Fiji Pro: 01-13 junho de 2014
6ª etapa - J- Bay Abertura: 10-20 julho de 2014
7ª etapa - Billabong Pro Tahiti : 15-26 agosto de 2014
8ª etapa - Hurley Pro em Trestles : 09-20 setembro de 2014
9ª etapa - Quiksilver Pro France : setembro de 25 - 06 de outubro de 2014
10ª etapa - Rip Curl Pro Portugal : 12-23 outubro de 2014
11ª etapa - Billabong Pipeline Masters : 08-20 dezembro , 2014

20 de fevereiro de 2014

ASP anuncia novo patrocinador para o WCT: a Samsung



A Association of Surfing Professionals ( ASP ) anunciou em seu site o patrocínio da Samsung Electronics Co., Ltd para o WCT. O tour agora passa a ter um grande parceiro de tecnologia e uma marca de peso e de fora do esporte.

O Samsung Galaxy 2014 ASP World Championship Tour terá início dia 1º de março com o Quiksilver e Roxy Pro Gold Coast.

Após um ano de transição em 2013, a organização construiu seus departamentos e programas para esta temporada e segundo a entidade, a partir de agora vamos ver o esporte renascer com novas iniciativas do surf profissional na produção ao atleta, na assistência aos meios de comunicação, marketing, patrocínio, transmissão



Samsung Galaxy ASP Men’s World Championship Tour:
- Quiksilver Pro Gold Coast: March 1 – 12, 2014
- Margaret River Pro: April 2 – 13, 2014
- Rip Curl Pro Bells Beach: April 16 – 27, 2014
- Billabong Rio Pro: May 7 – 18, 2014
- Fiji Pro: June 1 – 13, 2014
- Bali Pro: June 17 – 28, 2014
- Billabong Pro Teahupoo: August 15 – 26, 2014
- Hurley Pro at Trestles: September 9 – 20, 2014
- Quiksilver Pro France: September 25 – October 6, 2014
- Moche Rip Curl Pro Portugal: October 12 - 2014
- Billabong Pipeline Masters: December 8 – 20, 2014
Samsung Galaxy ASP Women’s World Championship Tour:
- Roxy Pro Gold Coast: March 1 – 12, 2014
- Margaret River Pro: April 2 – 13, 2014
- Rip Curl Women’s Pro Bells Beach: April 16 – 27, 2014
- Rio Women’s Pro: May 7 – 18, 2014
- Fiji Women’s Pro: May 25 – 30, 2014
- Vans US Open of Surfing: July 27 – August 3, 2014
- Trestles Women’s Pro: September 9 – 20, 2014
- Hossegor Women’s Pro: September 23 – 29, 2014
- Cascais Women’s Pro: October 1 – 7, 2014
- Maui Women's Pro: November 26 - December 6, 2014
O Samsung Galaxy 2014 ASP World Championship Tour terá início em 1 de Março de 2014, com o Quiksilver e Roxy Pro Gold Coast.

16 de fevereiro de 2014

Adriano de Souza vence o Hurley Australian Open of Surfing 2014

Adriano de Souza, campeão do Australian Open of Surfing - Foto: ©surflove.com.au


Deu brasil na cabeça! Adriano de Souza é o campeão do Australian Open of Surfing. O primeiro evento 6 estrelas de 2014 foi finalizado nesse sábado em Manly Beach, Sydney, Austrália.

O nosso Mineirinho, que há poucos dias atrás já havia feito a final do Volcom Pipe Pro - 5 estrelas surfando as ondas pesadas e tubulares de Pipeline, ontem fez sua segunda final consecutiva e venceu o campeonato de Manly surfando merrecas inconstantes. Ao se destacar tanto nas bancadas de coral do Hawaii quanto  nas merrecas dos beach breaks, Mineiro mostrou que está muito bem preparado. Física e mentalmente. Seu surf está completo, agressivo, maduro, focado e com uma determinação e uma força de vontade fora do comum.

Na final do Australian Open, evento na casa do australiano e patrocinado pelo patrocinador de Julian Wilson, Adriano de Souza venceu o australiano de forma esmagadora: 17.20 a 8.34. Julian Wilson voltou para casa precisando de 17.21 para virar o resultado. #QueSurra

Entre as meninas quem levou o título foi Carissa Moore, que foi igualmente arrasadora. Na final Carissa somou 7.67 e 9.43 e venceu a também havaiana Alessa Quizon por 17.10 a 15.80. Só para registro: o layback que a Carissa Moore acertou foi realmente impressionante. E deixou muito atleta profissional com inveja. As brasileiras não se deram muito bem na etapa,Silvana lima foi a melhor colocada, na 19ª posição, e  Bruna Schmitz e Jacqueline Silva ficaram na 37º colocação.

Mas foi o “Brazilian Storm” que trovejou forte nesse Australian Open. O evento entrou em sua fase final com 3 brasileiros, 2 australianos, 1 francês, 1 havaiano e  1 norte-americano nas quartas-de-final. Adriano de Souza venceu o evento, Tomas Hermes ficou em 3ª e Peterson Crisanto na 5ª colocação.  Os três detonaram, empolgaram os locutores e a torcida na areia e chegaram as fases finais do evento mostrando um surf sólido e inteligente, com muita regularidade e com muita determinação, com uma paixão quase visceral a cada onda surfada. Heitor Alves, Alex ribeiro e Filipe Toledo surfaram muito bem, fizeram grandes atuações em Manly e também merecem destaque.

QUARTAS

Na primeira bateria das quartas, Julian Wilson venceu Peterson Crisanto. Foi uma bateria bastante disputada, as médias foram bastante apertadas, 13.63 do aussie contra 13.03 do brasileiro, mas Julian Wilson acabou vencendo. Na segunda bateria do dia, Tomas Hermes mais uma vez foi grande e travou uma bela disputa contra o francês Jeremy Flores. Com um surfe afiado, Tomas venceu por Jeremy por 13.33 a 13.17 de Jeremy. Na terceira bateriaAdriano de Souza venceu o havaiano Fredrick Patacchia por 15.77 a 14.33. E na última bateria das quartas, Patrick Gudauskas venceu o aussie Bede Durbidge por 16.53 a 16.16.

SEMI FEMININA

Entre as meninas, 3 havaianas e uma francesa fizeram as finais do evento. Na primeira semi feminina, Carissa Moore e Maud Le Car disputaram a vaga na final com muita dedicação. A francesa liderou a bateria do início ao fim. Nos instantes finais, Carissa tentou tirou uma onda salvadora da cartola e venceu a francesa por 9.34 a 9.26.
Na segunda semi, 100% havaiana, Alessa Quizon mostrou dominância e venceu Malia Manuel por 14.90 a 12.60.


SEMI MASCULINA

JULIAN WILSON (AUS) x TOMAS HERMES (BRA) Julian começou liderando a bateria ao marcar 5.33 e 6.50 e essa foi uma bateria que começou com poucas ondas. Tomas Hermes pegou uma boa direita, manobrou com pressão e marcou 7.33. No finalzinho da bateria Tomas pegou mais uma boa direita e marcou 6.60. Julian Wilson logo atrás pegou uma boa onda e marcou 8.50, deixando o brasileiro precisando de 7.68. Tomas teve sua chance, pegou uma boa onda e executou várias manobras, mas os juízes deram nota 7.00. Julian Wilson foi para a final do Australian Open of Surfing

ADRIANO DE SOUZA (BRA) x PATRICK GUDAUSKAS (USA) é com uma determinação impressionante, Adriano lembrou o pugilista Mike Tyson. Mal tocou a sirene e Adriano partiu como um furacão para cima do norte-americano: marcou 9.07, um 7.17, um 8.33 e ainda descartou um 7.87. Patrick Gudauskas ficou só assistindo e nada pôde fazer. #KnockOut! Mineiro 17.40, Patrick G. 10.53.

FINAL FEMININA

CARISSA MOORE (HAW) x ALESSA QUIZON (HAW) Na final havaiana quem se deu melhor foi Carissa Moore, que saiu na frente com um 4.17 e um 7.67. Competidora ágil e agressiva, Carissa pegou uma direita pequena, mandou um layback muito forte e radical: 9.43. Alessa Quizon tinha um 7.93 e um 7.87, mas Carissa Moore surfou como uma verdadeira campeã mundial e levou o título da etapa.

FINAL MASCULINA

ADRIANO DE SOUZA (BRA) x JULIAN WILSON (AUS)
Mineiro foi quem abriu a bateria. Uma onda de três manobras, uma delas bem forte, que lhe rendeu 8.33. Julian Wilson começou errando suas manobras e marcou 3.67 e 1.33. E daí até o fim da bateria, Julian Wilson não acertou mais nada. Julian, que tinha eliminado da disputa os brasileiros Peterson Crisanto e Tomas Hermes, nas quartas e na semi, foi esmagado por um gigante Adriano de Souza na final: 17.20 a 8.34. 

Essa foi a primeira vez que um brasileiro venceu o Australian Open of Surfing. 

No skate, os brasileiros também detonaram1. Bob Burnquist e Pedro Barros dois dos maiores nomes do esporte, conquistaram prêmios no sábado e Pedro Barros venceu a categoria Pro na piscina.

Negunda-feira começa a próxima etapa do ASP 6-Star em Newcastle, Austrália e de 1º a 12 de março começa o WCT 2014 nas praias da Gold Coast. Essa perna australiana promete!




 Julian Wilson surfou bem durante todo o evento, eliminou os brasileiros Peterson Crisanto e Tomas Hermes na reta final do campeonato mas na final foi esmagado pelo homem-de-aço Adriano de Souza. - Foto: ©surflove.com.au

Tomas Hermes começou o ano com um belo resultado: 3º lugar no Australian Open, 
3º lugar no ranking WQS e US$ 6,150 no bolso - Foto: ©surflove.com.au

VÍDEOS OFICIAIS:







RESULTADOS

Masculino

1 Adriano de Souza (Bra)
2 Julian Wilson (Aus)
3 Tomas Hermes (Bra)
3 Patrick Gudauskas (EUA)
5 Peterson Crisanto (Bra)
5 Jeremy Flores (Fra)
5 Fred Patacchia (Haw)
5 Bede Durbidge (Aus)

Feminino

1 Carissa Moore (Haw)
2 Alessa Quizon (Haw)
3 Maud Le Car (Fra)
3 Malia Manuel (Haw)
5 Leila Hurst (Haw)
5 Georgia Fish (Aus)
5 Nage Melamed (Haw)
5 Nikki Van Dijk (Aus)

Ranking do WQS (depois de 4 etapas)

1 Adriano de Souza (Bra) - 4.484 pontos
2 Julian Wilson (Aus) - 2.640
3 Patrick Gudauskas (EUA) - 2.080
3 Tomas Hermes (Bra) - 2.080
5 Kelly Slater (EUA) - 2.000
6 Fredrick Patacchia (Haw) - 1.946
7 Wiggolly Dantas (Bra) - 1.880
8 Bede Durbidge (Aus) - 1.748
9 Mitchel Coleborn (Aus) - 1.658
10 Jeremy Flores (Fra) - 1.560
10 Peterson Crisanto (Bra) - 1.560
14 Heitor Alves (Bra) - 1.070 pontos
22 Alex Ribeiro (Bra) - 920
24 David do Carmo (Bra) - 885
37 Krystian Kymerson (Bra) - 635
37 Ian Gouveia (Bra) - 635
41 Santiago Muniz (Arg) - 625
41 Michael Rodrigues (Bra) - 625
45 Jessé Mendes (Bra) - 606
45 Jean da Silva (Bra) - 606
49 Leandro Usuña (Arg) - 565




 Adriano de Souza - Campeão do Hurley Australian Open of Surfing 2014 
e líder do WQS (após 4 etapas realizadas).

11 de fevereiro de 2014

O Retorno deOwen Wright


ASP de cara nova


Hoje entrou no ar o novo site da ASP. Com uma identidade visual mais dinâmica e moderna e com novos recursos, o site é apenas uma das mudanças que veremos no "Novo Tour". Uma mudança estética, é verdade, mas simbólica. O WCT agora está nas mãos da ZoSea, empresa que promete elevar o surf a outro patamar e que começa 2014 passando a régua no passado e começando a traçar os caminhos para o futuro do esporte. 

Não se sabe ao certo que outras mudanças serão anunciadas, mas essa nova gestão vem o objetivo de começar o ano organizando melhor o desgastado circuito mundial e de tentar surpreender e encantar os milhões de fans do esporte, que esperam um pouco mais de profissionalismo na organização dos eventos e assistir mais espetáculo dentro d´água e de ver mais entretenimento nos eventos. 

Que os novos ventos sejam bons para o esporte e também para a preservação da cultura do surf.





10 de fevereiro de 2014

Samuel Pupo foi o destaque da 2ª etapa do Rip Curl Grom Search 2014


 Samuel Pupo deu aula no Canto do Recreio e saiu da segunda etapa como campeão (por antecipação) da categoria Iniciante e como o grande favorito ao título da categoria Mirim. 


Samuel Pupo foi o grande destaque da segunda etapa do Rip Curl Grom Search 2014, campeonato que rolou no Canto do Recreio, Rio de Janeiro. 

A nova geração do surf brasileiro mostrou a que veio. Com performances consistentes e com manobras de alto nível técnico, os garotos arrebentaram. Samuel Pupo foi o grande destaque do evento ao vencer duas categorias: a Iniciantes (até 14 anos) e a Mirim (até 16 anos). Com os resultados dessa etapa, Samuel Pupo e Eduardo Motta conquistaram por antecipação os títulos das categoria Iniciante e Grommet. No feminino a cearense Yanca Costa venceu a favorita Kayane Reis na grande final, levou o título da etapa e entrou oficialmente na briga pelo título de 2014.

Pelo que vimos nas duas primeiras etapas, Samuel Pupo vai para o Guarujá como o principal favorito ao titulo. Com 280 pontos na frente do segundo colocado, o pernambucano Douglas Silva, Samuca vai embalado e em ótima fase para a decisão.

“Com essa vitória levei a disputa do título para São Paulo. O mar, para mim, estava ótimo, porque sou magrelinho e deu para mandar os aéreos. Coloco muita confiança em mim, pois não tem bateria fácil. Sempre dou tudo de mim nas disputas e acho que isso me ajudou a levar esse título”, comentou Samuca que tem na praia o exemplo do pai, o ex-surfista profissional Wagner Pupo e em casa o exemplo de seu irmão mais velho, o top do WCT Miguel Pupo, que também já foi campeão do Rip Curl Grom Search.

Os campeões das categorias Mirim e Feminina serão decididos na terceira e última etapa, que acontece de 22 a 23 de fevereiro, na Praia de Pitangueiras, Guarujá (SP), o quintal da Rip Curl no Brasil. 

Além desses títulos, estão em jogo as duas vagas para o Rip Curl International, a grande final mundial que acontecerá na Austrália, em 2015 e um curso de inglês de um mês na Austrália com hospedagem em casa de família. 

FOTOS: PEDRO MONTEIRO


Eduardo Motta, o grande campeão Grommet (até 12 anos) do Rip Curl Grom Search


Dois momentos de Samuel Pupo, o campeão da categoria Iniciante (até 14 anos)

Yanca Costa foi a vencedora da 2ª etapa, no Canto do Recreio


RESULTADOS DA 2ª ETAPA


MIRIM (ATÉ 16 ANOS)

1 Samuel Pupo/SP

2 Theo Fresia/RJ

3 Douglas Silva/PE

4 Luan Garcia/SC



FEMININA (ATÉ 16 ANOS)

1 Yanca Costa/CE

2 Kayane Reis/RJ

3 Luara Thompson/RJ

4 Açucena Vaz/SP



INICIANTE (ATÉ 14 ANOS)

1 Samuel Pupo/SP

2 João Vitor Chumbinho/RJ

3 Mateus Lima/SP

4 Mathias Ramos/CE



GROMMET (ATÉ 12 ANOS)

1 Eduardo Motta/SP

2 Vinicius Parra/SP

3 Wallace Vasco/SC

4 Diego Aguiar/SP



RAKING APÓS 2 ETAPAS


MIRIM (ATÉ 16 ANOS)

1 Samuel Pupo/SP - 1900

2 Douglas Silva/PE – 1.620

3 Weslley Dantas/SP – 1.387

4 Luy Arman/RS – 1.187



FEMININA (ATÉ 16 ANOS)

1 Kayane Reis/RJ – 1.900

2 Luara Thompson/RJ – 1.620

3 Karol Ribeiro/RJ – 1.431

4 Anna Julia Junkes/SC – 1.260



INICIANTE (ATÉ 14 ANOS)

1 Samuel Pupo/SP – 2.000 (campeão por antecipação)

2 Mateus Lima/SP – 1.341

2 Pedro Dib/SP – 1.341

4 João Vitor Chumbinho/RJ – 1.287



GROMMET (ATÉ 12 ANOS)

1 Eduardo Motta/SP – 2.000 (campeão por antecipação)

2 Vinicius Parra/SP – 1.556

3 Wallace Vasco/SC – 1.466

4 Daniel Templar/RJ – 1.182

6 de fevereiro de 2014

Kelly vence o Volcom Pipe Maters e Wiggolly Dantas é vice-campeão em Pipe


Terminou nessa quarta-feira o VOLCOM PIPE PRO, etapa 5 estrelas do WQS 2014. Com ondas de 10 a 12 pés, às vezes com ótimas condições e às vezes quadradas e com tubos cavernosos, o evento reuniu a nata do surf havaiano e vários tops do circuito mundial. Quem acompanhou o evento sabe o quanto esse título foi disputado.

Uma final em Pipe com dois surfistas brasileiros, um local havaiano e com o Pipe Master Kelly Slater. Um sonho? Pois foi o que rolou ontem no North Shore de Oahu. Com um surf que mistura esporte de alto nível, arte e uma certa dose de magia, Slater venceu o evento dando uma aula de surfe.  Wiggolly Dantas se sagrou vice-campeão em Pipe e obtivemos pela primeira vez na história, uma final em pipeline com dois brasileiros na disputa. Wiggolly Dantas e Adriano de Souza. Nada mal para um país que até recentemente era acusado de só ter “surfistas de beach break”.

Adriano de Souza e Wiggolly Dantas arrebentaram em Pipe. Guigui terminou como vice-campeão e Mineiro como a quarta colocação (mas com a segunda melhor nota na grande final).

Adriano de Souza nunca tinha sido um cara muito dedicado no Hawaii. Suas atuações se resumiam aos dias de evento da ASP e os bons resultados para o atleta do Guarujá nunca aconteciam. Esse ano Adriano ficou mais tempo no Hawaii, ficou hospedado de frente pra Pipe e se dedicou a surfar Pipeline e Backdoor. O resultado dessa dedicação? Adriano fez sua primeira final em Pipe. E em sua trajetória até a final Adriano venceu os locais Pancho sullivan e Reef McIntosh no Round 3, venceu também Carlos Muñoz, da Costa Rica e o fenômeno local Jamie O´Brien (na casa de quem estava hospedado) no Round 4, venceu ainda o havaiano Torrey Meister e os americanos Damien Hobgood e Cory Arrambide nas quartas e venceu um trio havaiano (Mason Ho, Kiron Jabour e Torrey Meister) na semi. Sobrou atitude para o nosso mineirinho, que chegou quietinho, espiando as ondas por trás das outras pessoas e foi até a final mostrando muita competência em Pipe. Na final, Mineiro ficou em 4º, mas fez a segunda melhor nota da bateria.

Wiggolly Dantas sempre foi uma grande promessa do surfe brasileiro. Aposta do shaper Xanadu, Guigui desenvolveu um surfe moderno, maduro e muito competitivo. Wiggolly já havia batido na trave diversas vezes, mas nesse Volcom Pipe Pro  seu surfe desencantou e mostrou que tem qualidade suficiente para vencer um campeonato em Pipe. Wiggolly Dantas foi o vice-campeão do Volcom Pipe Pro 2014. Foi a a primeira vez que um surfista brasileiro fica com o vice-campeonato em Pipe. No caminho até o vice-campeonato, Guigui venceu o brasileiro Krystian Kymerson, o havaiano Makai McNamara (HAW) e o também brasileiro Tiago Camarão no Round 3; derrubou o americano Chris Ward e o havaiano Kalani David no Round 4; Nas quartas Guigui venceu o aussie Mitchel Coleborn, o americano Nathan Yeomans e o local havaiano Olomana Eleogram, que acabou se machucando e não teve mais condições de competir. Na semi Wiggoly perdeu para Slater mas eliminou o havaiano Dusty Payne e o australiano Mitchel Coleborn;  e na grande final Wiggolly Dantas (13.77) perdeu para Slater (15.70) mas ficou na frente do local Mason Ho (11.50) e do brasileiro Adriano de Souza (10.70).

Guigui e Mineiro deram um show em Pipe, mas quem deu as cartas nesse evento foi o norte-americano Kelly Slater. O careca deu show e reinou absoluto em Pipeline e venceu fácil a etapa de nível 5 estrelas. Com um surfe experiente, talentoso, inteligente e que beira o impossível, Slater pegou as melhores ondas da competição, surfou melhor que todo mundo e venceu

Para resumir a atuação do careca: Slater surfou as quatro melhores ondas da competição e marcou a única Nota 10 do evento e obteve a melhor média da competição.  

Na grande final, Slater deu um nó em seus adversários e faturou o caneco praticamente nos primeiros minutos de bateria com duas ondas certeiras e matadoras. Essa foi a segunda vitória consecutiva de Slater em Pipe, mas como ele ainda não tinha vencido esse evento, o Volcom Pipe Pro é mais um título para Kelly Slater colocar na sua imensa coleção.

Ao vencer em Pipe, Slater começou o ano mandando a sua mensagem: não quero nem falar sobre aposentadoria.  Aos 42 anos de idade, o norte-americano continua uma perfeita máquina de competir e continua sendo dono de uma das linhas de surfe mais carismáticas do mundo.

Veja mais direto no site do evento:


Resultados do Volcom Pipe Pro 2014

1 Kelly Slater (EUA)
2 Wiggolly Dantas (Bra)
3 Mason Ho (Haw)
4 Adriano de Souza (Bra)
5 Kiron Jabour (Haw)
5 Dusty Payne (Haw)
7 Michel Coleborn (Aus)
7 Torrey Meister (Haw)
17 David do Carmo (Bra)
17 Ian Gouveia (Bra)
17 Krystian Kymerson (Bra)



5 de fevereiro de 2014