Quinta-feira, 9 de junho.
O dia amanheceu com uma brisa de sul e swell de sudeste. Na Praia da Silveira, em Garopaba (SC) as direitas de um metro e meio marchavam perfeitas em direção a praia. E para o desespero dos surfistas locais e dos turistas, a praia estava fechada para o surf.
Pela terceira vez esse ano, o “acordo” está sendo desrespeitado pelos pescadores. Explico: Mesmo não existindo lei alguma que proíba as pessoas de entrar no mar, por causa da pesca da tainha, existe um acordo onde ficou acertado que com ondas de até meio metro, o mar é dos pescadores e os surfistas não podem entrar na água. E com as ondas passando de meio metro, o mar é dos surfistas, já que as canoas não conseguem entrar no mar. Mas como bem sabemos, algumas pessoas dotadas da “autoridade” de liberar ou não a prática do surf, abusam dessa autoridade. Aqui em Garopaba os pescadores é que mandam nas praias (que deveriam ser um território livre), e atletas profissionais e amadores ficam sem poder surfar e sem treinar. Esportistas (praticantes de surf, body board, stand-up, kite, longboard, body surf, etc) ficam prejudicados em nome da “tradição” de fechar as praias só para os pescadores na época da pesca da tainha. Em dias de ventos do quadrante sul, quem quer surfar, tem que sair da cidade. E foi o que fizemos.
Depois de rodar alguns quilômetros, gastando uma gasolina que anda bem cara, fomos novamente para Imbituba onde encontramos boas condições de surf na Praia do Rosa: ondas de 3 a 6 pés, lisas e proporcionando belos drops no canto sul da praia. É bem verdade que as ondas estavam cheias e fechando um pouco, mas durante toda a manhã, verdadeiros expressos foram surfados.
Parabéns a Imbituba, que sabe muito bem quanto dinheiro representa suas praias cheias de surfistas durante o inverno. E quantos votos os surfistas representam.
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