14 de março de 2010

Perigo no Rio Grande do Sul

O aviso do Xandão, do Site Ondas do Sul, deixou os surfistas do Rio Grande do Sul novamente preocupados.

Agora dia 15/03/2010 está encerrada a temporada de verão e os pescadores estão autorizados a voltar com a pesca com as redes de calão no Estado. Para quem não sabe, as redes de pesca no RS matam mais gente do que os tubarões e do que as ondas gigantes! A situação é absurda, quase bizarra, já que as redes estão pescando pessoas jovens, saudáveis e esportistas. A maneira como é feita essa pesca com calão já deveria ter sido extinta há muito tempo, reciclando hábitos e comportamentos. Já são mais de 50 surfistas mortos até agora e nenhuma providência é tomada para acabar com esse grave problema. Esse número é maior do que o de mortes causadas por ataque de tubarão ou pelos poderosos recifes mundo afora.

O problema é que de um lado dessa briga, estão os pescadores, classe de profissionais muito querida, de trabalho artesanal, e estes são muito unidos e organizados. De outro lado os surfistas, esportistas individualistas, desunidos e desorganizados. Salvo raras e honrosas exceções, os surfistas são ainda muito alienados somente no ato de pegar ondas e esquecem que precisam se organizar para lutar por condições seguras e saudáveis. Na hora de ir para a Assembléia e fazer número para pressionar os dirigentes, aparece uma meia dúzia.

Ninguém sabe quantos são os surfistas no Rio Grande do Sul, onde votam, onde surfam, quantos votos representam. Assim fica difícil de fazer frente e conseguir alguma mudança rápida e eficiente para acabar com essa trágica realidade.

Hoje existe uma delimitação de 500 metros de praia para pesca e 500m para surf, só que a dinâmica do mar aberto do litoral gaúcho favorece uma grande influência das correntes. Em dias de corrente forte esse percurso é feito em poucos minutos pelo surfista, que cruza toda a área para surf antes mesmo de conseguir entrar no outside. E acaba tendo que, inevitavelmente, passar por cima das redes.

Campanhas Educativas da Federação Gaúcha de Surf fazem parte do projeto para diminuir o número de acidentes no mar. É necessário, no entanto, algumas regras básicas por parte dos surfistas, como verificar a direção da corrente, localização das redes e principalmente usar material de segurança adequado e com qualidade.


1. SURFE APENAS EM ÁREAS SEGURAS.
2. CONHEÇA O MAR E AS CONDIÇÕES E A CORRENTEZA QUE VOCÊ VAI ENFRENTAR
3. PERGUNTE AOS LOCAIS SOBRE A LOCALIZAÇÃO DAS REDES DE PESCA
3. FAÇA UM RECONHECIMENTO DA ÁREA DE SURF.
4. EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA SEMPRE REVISADO.
5. ALONGAMENTO E BOA ALIMENTAÇÃO.
6. PROCURE NÃO SURFAR SOZINHO.
7. CALMA EM MOMENTOS DE RISCO.
8. ENTENDA O FUNCIONAMENTO DAS REDES.


Os surfistas gaúchos, no entanto, não querem ir contra a pesca, muito pelo contrário, pois muitos surfistas são também pescadores, filhos de pescadores e admiradores da pesca, que é uma atividade divina e primordial, que também é de grande fomento econômico ao litoral. O que se clama, é o abandono deste tipo de material antiquado e inadequado, totalmente fora dos padrões de segurança, inadequado aos dias atuais. Essas redes, a deriva, esticadas da
praia para o mar, com pequenas bóias dentro da água, quase imperceptíveis, são verdadeiras armadilhas lançadas ao azar de quem com elas topar.

Acompanhe as notícias sobre a situação das redes de pesca no Rio Grande do Sul pelo site Ondas do Sul.

Segue também o e-mail do Virgílio Mattos, um dos maiores guerreiros da causa.

Alguns links para você se inteirar mais sobre o assunto:

http://www.blogger.com/feeds/4121221901281196190/posts/default

http://www.ondasdosul.com.br/redes/index.htm

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