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7 de maio de 2018

WORLD TEAM VENCE O FOUNDERS´S CUP. BRASIL FICA EM 2º.





This train it is bound to glory
This train it don't carry no unholy
(Bob Marley)


Por: Jairo Dadá Souza


Nesse final de semana, 5 e 6 de maio de 2018, o mundo enfim pode assistir ao vivo a elite mundial competindo na famosa e ainda pouco conhecida piscina de ondas do Kelly Slater, que fica em Lemoore, Califórnia. Um campeonato de surf inédito, cheio de novidades, com novo formato e totalmente adaptado à televisão e aos jogos olímpicos em uma espécie de estadio de surf com uma onda que as vezes lembra Trestles e as vezes lembra Snapper. Nada mal para uma piscina com ondas artificiais.

Mesmo a milhares de quilometros de distancia a onda do Surf Ranch parece ser realmente incrível de se surfar. Tanto a esquerda quanto a direita têm personalidades bemdiferentes, ambas tem sessões de manobra e de tubo e, literalmente, não tem um pingo d ´água fora do lugar. Ondas rápidas, perfeitas, sempre pra frente e que testaram a sério as habilidades e o preparo físico dos melhores surfistas do mundo. 

O evento foi bom para os surfistas, bom para o público, bom para a mídia e especialmente bom para os negócios. Os figurões todos sorrindo, o surf sendo levado a um outro patamar, capitalistamente falando, e o nosso esporte dando um grande passo em direção ao futuro estando a quase 200 km do mar. Pura ironia. O potencial econômico desse projeto, o possível futuro olímpico, as oportunidades comerciais, a transformação de surfistas em ídolos mundiais do mainstream. Há tantos fogos de artifício sobre a piscina do Kelly que quase nos ofusca a vista. 


FOUNDERS

O Founders´Cup é um evento em homenagem aos fundadores do surf profissional: Wayne Rabbit Bartholomew, Ian Cairns, Fred Hemmings, Randy Rarick, Mark Richards, Shaun Tomson e Peter Townend. Grandes nomes do nosso esporte e pessoas que plantaram as boas sementes do surf profissional Leia mais sobre eles aqui.



NOVIDADES

O Founders´ Cup trouxe muitas novidades ao surf competitivo. Pela primeira vez na história ninguém teve que se preocupar com as ondas, com swell, nem com disputa de onda, nem com interferências, ou com tubarões, , nem com a correnteza, nem com day off, muito menos com o Kieren Perrow. Estava tudo cirurgicamente limpo, planejado e organizado e pudemos enxergar, nitidamente e na prática, o que uma Olimpiada é capaz de fazer com um esporte.

A maior novidade desse evento foi o Formato. 


Uma competição entre times, cada time representando um país ou uma região do planeta e composto por 5 surfistas: Três homens e Duas mulheres. 


Na primeira fase da competição acontecem 3 rodadas onde os times surfam juntos e ninguém surfa contra ninguém. Cada membro do grupo pega duas ondas, uma esquerda e uma direita, com pontuação até 10 pontos. 

No  final das 3 rodadas cada surfista soma sua melhor nota na esquerda e sua melhor nota na direita e os pontos contribuem para o total da equipe. 

Os 3 melhores times vão para a final, os dois piores acabam sendo eliminados. 

Na Final os três times entram na água e cada membro surfa duas ondas, uma esquerda e uma direita, mas conta somente a melhor nota entre as duas ondas (independente do lado que foi surfada). São 5 rodadas de qualificação. As baterias 1, 2 e 3 dão 2 pontos para o 1º lugar, 1 ponto para o 2º lugar e 0 pontos para o 3º lugar. As baterias 4 (só para mulheres) e 5 (só para homens) dão 4 pontos para o 1º lugar, 1 ponto para o 2 lugar e 0 pontos para o 3º lugar. A equipe com maior número de pontos vence. 

Uma das poucas coisas legais desse evento foi que o formato se aproximou mais das competições de skate. Cada surfista tinha direito a três “voltas”, surfando uma esquerda e surfando a direita na volta e já saia da água direto para a entrevista. Um evento totalmente adaptado para a televisão e já voltado para o formato olímpico. 

Apesar de serem minoria no time, as meninas fizeram toda a diferença nos times e no evento. Se alguém ainda tinha dúvidas de que as meninas poderiam competir e vencer os meninos em condições de igualdade, essa dúvida caiu por terra. Ou por piscina. As meninas simplesmente detonaram com um surfe de altíssima qualidade.


A ONDA

A onda é incrivelmente longa, parece bem forte e é absurdamente perfeita para uma piscina. A esquerda e a direita tem personalidade bem diferentes. Enquanto a esquerda lembra um pouco Trestles, a direita lembra um pouco Snapper Rocks. E ambas exigiram muita técnica e muito preparo físico dos surfistas. Ondas sempre rápidas, sempre pra frente. Vacilou caiu. Não se pode colocar a culpa nas ondas. Definitivamente não. No primeiro round elas estavam rápidas demais, mas depois de corrigido o nivel de surf cresceu muito. 


OS TIMES

O BRAZIL TEAM foi com Adriano de Souza, Filipe Toledo, Gabriel Medina, Silvana Lima e Tainá Hinckel. Um time com quatro grandes competidores e uma jovem promessa. Um time jovem, talentoso, agressivo e com dois campeões mundiais.

O WORLD TEAM foi com Bianca Buitendag (ZAF), Jordy Smith (ZAF), Kanoa Igarashi (JAP), Michel Bourez (PYF) e Paige Hareb (NZL). Um time forte, muito competitivo, bastante consistente e com potencial para surpreender.

O AUSTRALIA TEAM foi com uma verdadeira seleção australiana. Joel Parkinson, Matt Wilkinson, Mick Fanning, Stephanie Gilmore e Tyler Wright. Quatro campeões mundiais (e 12 títulos mundiais no curriculum). Um time muito forte e muito experiente.

O EUROPE TEAM foi com Frankie Harrer (GER), Frederico Morais (POR), Jeremy Flores (FRA), Johanne Defay (FRA) e Leonardo Fioravanti (ITA). Um time jovem e cheio de vontade.

O USA TEAM foi com Carissa Moore, John John Florence, Kolohe Andino,  Lakey Peterson e o dono da piscina, capitão do time, astro do show e criador da onda Kelly Slater. Um time muito forte, com três campeões mundiais, com 16 títulos mundiais no curriculum e com o dono dos segredos da onda como capitão do time. 


Foto: WSL / Cestari


O EVENTO


DIA 1

O Round 1 do evento foi chato, monótono e tedioso. Uma onda perfeita demais e rápida demais fez com que pouca gente conseguisse mostrar um surf de qualidade. Muita gente reclamou na internet e com razão. Esse campeonato começou tedioso e sem grandes emoções. O time americano surfou melhor nessa primeira rodada, o World Team ficou em 2º, a Australia ficou em 3º,  Brasil ficou 4º lugar e a Europa em 5º.



No Round 2 a onda foi nitidamente ajustada e ficou bem melhor tanto para quem surfou como para quem assistiu. Filipe Toledo e Gabriel Medina simplesmente destruíram a onda com performances de cair o queixo. Filipinho fez o primeiro 10 da competição. E se valeu 10 na piscina Medina também deveria ter feito o seu. Medina entubou muito fundo, por muito tempo e finalizou sua onda com um rodeo clown. John John também mereceu destaque (mas não uma nota 9.8). 

O primeiro dia foi finalizado com o time norte-americano liderando com 5 pontos de vantagem sobre a equipe australiana e com o Brasil na 4ª colocação. 


DIA 2

No Round 3 os surfistas já estavam bem mais entrosados com a onda. Principalmente o time brasileiro. Filipe Toledo fez um 9.40 na esquerda, Mineiro fez um 8,67 também na esquerda e Medina um 9.07 na direita. A Tainá surfou com mais segurança e a Silvana Lima se adaptou bem as ondas do Surf Ranch. 

Os times dos Estados Unidos e do Brasil finalizaram essa primeira fase em 1º e 2º respectivamente.

Os times World e Australia empataram na terceira colocação e foram para o desempate. O time Mundo escolheu Page Hareb e Jordy Smith e ambos surfaram muito bem. O time Australia escolheu Matt Wilkinson e Tyler Wright, mas Wilko caiu logo no começo da onda, marcou pouco mai de 4 pontos e ferrou com o sonho australiano. Tyler surfou muito bem mas nem um 10 a salvaria e a Australia acabou eliminada da competição junto com o time europeu.

USA TEAM, BRAZIL TEAM e WORLD TEAM foram para as finais do evento.


FINAL

Michel Bourez abriu a primeira bateria das finais surfando muito forte na esquerda, mas caiu no meio da onda e marcou 5.17. Na direita Michel surfou mal, fez duas manobras e caiu logo no inicio do peimeiro tubo e marcou 3.33.

Medina veio logo em seguida e fez literalmente uma volta olímpica. Destruiu a esquerda e fez 9.07 e depois destruiu a direita e fez mais 9,67. Uma onda muito muito muito forte e uma apresentação avassaladora. 

John John fez a terceira apresentação da final, caiu de cara na esquerda e fez 1.60. Na direita JJ começou bem mas caiu novamente no tubo e marcou 3,90. Mais um péssimo campeonato para o campeão mundial em 2018.

Bianca Buitandag surfou um pouco lenta mas surfou bem na esquerda e marcou 6.07. Na direita acabou errando e caiu no tubo. Uma apresentação bem fraca da sul-africana. 

Tainá Hinckel surfou com mais confiança hoje, fez a onda toda como se estivesse surfando em casa, na Guarda do Embaú, e marcou 5.27. Na direita Tainá manobrou bem forte, entubou duas vezes, manobrou e tentou entubar pela terceira vez, dessa vez bem na portinha e marcou só 5.67

Lakey Peterson surfou uma ótima esquerda, surfou com estilo e com agressividade, fez um tubo muito curtinho e marcou 8.00. Na direita Lakey mais uma vez surfou com excelência e fez 7.27.

Kanoa Igarashi caiu logo no início da esquerda e fez 2.00. Depois ele disse que foi para economizar as pernas para a direita. Na direita Kanoa surfou bem, entubou fundo, fez algumas manobras e finalizou muito bem sua onda. Marcou 8,93.

Adriano de Souza forçou bem suas manobras na esquerda, surfou sempre forte, mas burocrático, entubou fundo na esquerdinha e marcou 8.57. Definitivamente a melhor esquerda da final até então. Na direita Mineiro surfou muito forte. Entubou fundo, mas acabou caindo e só marcou 7.17.

Kolohe Andino fez tudo certinho na esquerda mas surfou com muito menos pressão que os outros surfistas e marcou 7.77. Na direita Kolohe arriscou um grande aéreo no meio da onda, caiu e marcou só 4.83.

Paige Hareb surfou meio burocrática na esquerda, caiu no tubo e fez 6.07. Na direita surfou um pouco pior e marcou 3.23.

Silvana Lima surfou bem na esquerda, fez uma linha bem agressiva mas não saiu do tubo no finalzinho da onda e marcou 6.13. Na direita Silvana Lima surfou muito forte, entubou fundo, manobrou bem e finalizou com um tubão. Uma onda espetacular da brasileira que marcou 9.17 (merecia mais).

Carissa Moore caiu na água logo na sequencia e surfou a esquerda com excelência. Marcou 8.73. Na direita Carissa entubou raso em todas as vezes, não manobrou tão forte, fez mais um tubo no final da onda, errou o aéreo de finalização e marcou 8.77.

Jordy Smith fez uma esquerda burocrática, arriscou um rodeo clown no final da onda e caiu e ganhou 7.50. Na direita Jordy desperdiçou sessão, não entubou tão fundo, e deu um alley oop no final da onda que não foi tão limpo e marcou um inacreditável 9.27.

Filipe não surfou muito bem na esquerda, que era o seu real objetivo e marcou 7.33. Na direita Filipe caiu logo no inicio da onda, marcou só 4.93 e definitivamente acabou com as chances do Brasil de vencer essa etapa. 

Kelly fechou a final quase que com chave-de-ouro. Surfou muito bem na esquerda e fez um 8 pontos e destruiu a direita com a perfeição que só o criador da onda poderia fazer e ganhou 9 pontos, uma nota um pouco baixa para a performance do norte-americano que precisava de pelo menos meio ponto a mais. 

Com o 9 do Kelly o time mundo, formado por Bianca Buitendag (ZAF), Jordy Smith (ZAF), Kanoa Igarashi (JAP), Michel Bourez (PYF), Paige Hareb (NZL) venceu a competição graças aos pontos de Jordy Smith. O WORLD TEAM, que em momento nenhum encantou, venceu a competição.  

O time brasileiro ficou com a 2ª colocação mas fez as duas maiores notas individuais da competição. Com a Nota 10 do evento, Filipe Toledo ficou com o prêmio Jeep Best Ride Award e leva pra casa um Jeep zerado e irado. 


Foto: WSL / Cestari


O Fopunders´Cup entregou o que cumpriu. Um evento organizado, com excelentes condições de surf, formatou o evento para a televisão e para as Olimpíadas e mostrou que o surf definitivamente pode ira para esse caminho no futuro e nas Olimpíadas. O campeonato rodou mais redondo do que muita etapa da WSL. Creio que o desafio agora é deixar o evento mais dinâmico e com mais emoção. Não foram poucas as pessoas que acharam esse evento chato. Encontrar esse equilibrio entre informação, emoção e a performance dos atletas ainda precisa ser encontrado.





O JULGAMENTO

Ondas rigorosamente iguais Pelo menos na teoria isso deixa o julgamento bem menos subjetivo, Estão todos surfando para os mesmos lados, em ondas com a mesma velocidade, com o mesmo tamanho e em plenas condições de igualdade. As ondas passar a ter peso nulo e a performance dos atletas fica mais nítida de ser julgada. 

Mas será que os juízes foram tão imparciais? Algumas notas surpreenderam, outras causaram desconfiança. O fato de não haver um "heat analyzer" nem videos disponiveis criou um clima não muito transparente, vamos dizer assim.

Claro que foi legal ver o Filipe Toledo ganhar uma Nota 10 surfando muito mais do que todo mundo. Mas dar um 10 logo no primeiro dia de uma onda artificial quando todos ainda tem muito o que evoluir nessas ondas teria sido uma boa decisão? O surf apresentado pelo brasileiro foi realmente fodástico, mas penso que não se pode dar uma nota 10 em uma piscina. Há muitos limites a serem ultrapassados ainda. Dar um 10 assim no primeiro dia da piscina me deixou na dúvida se é um cacoete ou se foi preguiça. 




KELLYLÂNDIA


O 11 vezes campeão mundial construiu um mega parque aquático, criou a melhor piscina de ondas do mundo, esculpiu uma esquerda e uma direita perfeitas (e ainda vai fazer mais duas piscinas ao lado dessa) em Lemoore e ainda pode fazer com que sua piscina vire Arena Olímpica e mude definitivamente a cara do nosso esporte. Nem o Walt Disney foi tão ambicioso. 




RESULTADOS




NOTAS

# O Kelly vem dizendo que não pode competir nos eventos da WSL por causa do pé quebrado, mas que vem surfando todo dia e acabou de mostrar que o problema está longe de ser o pé.

# Se o futuro do surf será nessas piscinas sugiro aos competidores aumentar o treino de pernas. Não faltou gente perdendo sessão ou aliviando nas manobras porque as pernas não respondiam mais.

# O Kelly treinou muito mais do que todo mundo, fez um evento na sua própria piscina, foi o capitão do time norte-americano, tocou com sua banda no intervalo e ainda quis que todos os surfistas surfassem com a sua prancha. Megalomania é pouco para o careca

#Faltou o Heat Analyzer, faltaram notas ao vivo, faltou informação no site, faltaram videos com as ondas inteiras a disposição. Nem sempre menos é mais Tio Kelly. Um evento muito rico foi pobre em informação.

# O site BeachGrit disse que esse evento matou os campeonatos em Beach Break. É exagerado, mas é essa a impressão. Com ondas perfeitas 24 horas a disposição só faz evento em onda ruim quem quer. 




11 de junho de 2013

Wave Garden 2.0



Um pouco maior, um pouco mais forte, muito mais divertida. O novo surf park da wavegarden está funcionando em San Sebastian, País Basco, e já conseguiu o elogio de muitos surfistas profissionais. Ok, muitos vão dizer que é no máximo um brinquedinho para um surf robotizado. E de certa forma é. Mas a Wavegarden conseguiu gerar uma onda de qualidade, com força suficiente para levar um surfista ao longo de sua extenção. E falando nisso, a onda do país basco é a onda artificial masi longa do mundo, e possibilita diversas manobras, em qualquer cidade, em qualquer dia, em qualquer horário, independente das condições do clima ou dos oceanos.

É uma revolução! Ainda não sabemos se do bem ou do mal, mas é uma revolução para o nosso esporte. Aproxima o surf de competições mais olimpicas e com baterias talvez mais justas, e o mais importante, leva o surf a cidades que ficam distantes do mar. se vão gerar mais crowd ou se vai dissipar o crowd, isso só o futuro dirá. Mas que um parque desses pode turbinar a carreira de moleques fissurados, não há dúvidas. Uma piscina dessas é a melhor escola de surf do mundo. Você sabe que suas ondas vão vir e sabe que vai poder treinar aquela manobra até acertar.

Taj Burrow, Adriana de Souza, Dane Reynolds, Gabriel Medina, Jeremy Flores, Miguel Pupo, Dusty Payne, Craig Anderson, Jadson Andre, Aritz Aranburu and Pauline Ado testaram a nova Wavegarden e aprovaram suas ondas.


Wave Garden 2013. Ainda é só um protótipo e não é aberta ao público, mas já mostrou que é possível sim a criação de um parque com ondas artificiais. A tecnologia está aí, só precisa ser viabilizada.


O Sr. José Manuel Odriozola, CEO da Wavegarden, disse:


"Estamos muito satisfeitos em poder revelar ao mundo do surf hoje nossa nova unidade de demonstração, que esperamos revolucionar a forma como as pessoas se envolvem em surf. "Historicamente, a participação no surf tem sido limitada devido ao fato de que ele é necessário para ser realizado em locais costeiros específicos, as horas do dia e é altamente dependente de inchar apropriado e as condições meteorológicas. Com o desenvolvimento da Wavegarden, agora temos a capacidade de fornecer uma autêntica experiência de surf em qualquer local capaz de situar uma lagoa. "


Para mais informações, acesse www.wavegarden.com/

5 de junho de 2013

Wave Garden 2.0


Cerca de 2 anos atrás, a Wave Garden anunciava o seu primeiro protótipo de sua piscina com ondas. Os vídeos de Jordy Smith, Gabriel Medina, Mick Fanning, Owen Wright e de diversos outros surfistas do circuito mundial surfando as minúsculas, mas perfeitas ondas da WAVE GARDEN se tornaram virais em toda a internet. 

No primeiro protótipo as ondas ainda eram pequenas demais e demoravam muito tempo para embalar e ganhar alguma força, mas o projeto era sem dúvidas, audacioso. E prometia revolucionar o mundo do surf, principalmente para aqueles moram longe do mar ou em locais de ondas muito inconsistentes.

Pois essa semana a Wave Garden anunciou seu novo protótipo, o Wave Garden 2.0. E promete mais uma vez atiçar a curiosidade de surfistas de toda parte do mundo.

O vídeo abaixo é um teaser e na único take do novo protótipo, já mostra ondas maiores, mais fortes e que possibilitam um número maior de manobras. Ainda não vimos o vídeo completo, mas já dá para ver que o projeto dos espanhóis ganhou uma boa turbinada. O vídeo traz também alguns depoimentos de Gabriel Medina, Dane Reynolds, Craig Anderson e de outros grandes nomes do surf mundial.

Na próxima segunda-feira, dia 10 de junho, será lançado o vídeo completo da Wave Garden 2.0.



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21 de novembro de 2011

Uma onda artificial com tecnologia 100% brasileira?

Por: Dadá Souza





Por mais incrível que possa parecer, essa notícia pode virar realidade em breve. A imagem acima, montada com uma sequência de fotos mostrando toda a trajetória de uma direita quebrando perfeita até o raso é um protótipo brasileiro, com tecnologia original e 100% nacional, de uma "piscina" com ondas. E o melhor, com fundo variável: você pode escolher se haverão esquerdas, direitas, ou esquerdas e direitas. É mole?

Criado e desenvolvido por um arquiteto-surfista (ou seria um surfista-arquiteto?) o projeto consiste em criar ondas artificiais de qualidade para a prática do surf. Batizado como Organic Wave, o projeto já apresenta resultados bem interessantes em seus estágios iniciais.

Na foto acima as ondas ainda são bem pequenas, mas vão melhorando de qualidade e aumentando de tamanho a cada novo protótipo executado. O objetivo é reproduzir esse projeto em escalas cada vez maiores até que essas ondas cheguem a até 6 ou 8 pés. O sistema permite ainda que diversos tipos de fundo e de bancadas sejam criados e testados, sempre mudando de maneira controlada as características da onda. O projeto é inovador pois se diferencia bastante da atuais ondas artificiais da atualidade. Sem dúvidas, um projeto interessante e apaixonante.

Há meses venho acompanhando as idéias, o trabalho e o entusiasmo desse obstinado arquiteto e ando otimista em relação a sua idéias. Espero que ele esteja no caminho certo. A idéia me pareceu revolucionária primeiro, porque não tem qualquer espécie de trilho arrastando as ondas e muito menos se trata de ondas "fechadeiras"; e depois, porque será possível ter diversas opções de fundo e de tipos de ondas. Segundo Guilherme Castro, inventor da engenhoca, talvez seja possível até reproduzir algumas bancadas mundialmente famosas. Tudo é uma questão de planejamento e de testes.

Uma onda de qualidade, sempre perfeita e constante representa o céu, o sonho de milhões de surfistas do Brasil e do mundo inteiro, que moram longe do mar ou em praias pouco favorecidas para a prática do surf. Pode significar inclusive, uma grande mudança no cenário competitivo e no futuro do esporte competição. O surf pode ir para a televisão e para as Olimpíadas. Sem falar no potencial para proporcionar uma nova grande explosão na indústria do surf.

Mas enquanto o sonho não vira realidade, ficamos na torcida para que esse projeto encontre um investidor honesto e visionário, que permita que as coisas aconteçam mais rapidamente. E que esses Surf Camps possam ser uma realidade em muitas e muitas cidades desse Brasil. Uma coisa não se discute, a idéia é boa e o mercado é, de fato, milionário.

E você aí, já imaginou encontrar um lugar em que as ondas estejam sempre de 4 a 6 pés, sempre perfeitas e sempre disponíveis para você? Quem sabe esse dia não esteja um pouquinho mais próximo?

Aloha!

18 de novembro de 2010

Será esse o futuro do surf?

OPINE, CRITIQUE, DEFENDA, COMENTE!
Queremos saber a sua opinião.

KELLY SLATER WAVE COMPANY

Aos 38 anos de idade, depois de bater todos os recordes da ASP e de vencer seu 10° TÍTULO MUNDIAL DE SURF PROFISSIONAL, parece que Slater está mesmo pendurando a lycra de competição da ASP e vai curtir a sua aposentadoria do tour de e deixar, de uma vez por todas, de ser a pedra no sapato dos outros competidores.

Mas Slater não vai ficar no sofá com os pés pra cima. Kelly vai continuar pegando muita onda boa, sem dúvida. E vai se dedicar a alguns projetos bem especiais. Slater é novo demais para se aposentar. E parece que o careca ainda vai investir muito do seu tempo e dinheiro em alguns desses projetos.

O Julio Adler já havia afirmado que a grande questão não era se Kelly Slater seria o campeão do mundo, a questão era o quê ele faria depois de conquistar o décimo título mundial. A resposta, ou pelo menos uma parte dessa resposta, está na Kelly Slater Wave Company, um parque temático com uma onda perfeita e sem fim. Loucura? Nem tanto, os projetos já estão em andamento e, em breve, teremos o primeiro protótipo. O projeto é uma parceria entre Kelly Slater, Bob McKnight, chefe executivo da Quiksilver e mais algumas pessoas e promete revolucionar o surf moderno.

O conceito do projeto é a criação de uma piscina de ondas circular, desenhada e projetada pela Kelly Slater Wave Company, que proporcionará uma onda perfeita e sem fim, que pode ser montada em qualquer local. O tamanho e a freqüência das ondas poderão ser controlados e ajustados das ondas menores e mais fracas para as famílias e iniciantes até ondas tubulares, overhead com qualidade mundial para os atletas de ponta do tour. A piscina permite ainda que o fluxo seja revertido e os surfistas poderão escolher se preferem esquerdas ou direitas.

Além de ser uma onda sem precedentes na história, esse Surf Park oferecerá aos atletas profissionais a possibilidade de treinos específicos e funcionais, onde poderão repetir a mesma monobra quantas vezes for necessário, além de permitir que competições de alto nível sejam realizadas no parque de ondas do Kelly.

Slater já falava sobre as piscinas a algum tempo, quando dizia que talves teríamos piscinas boas o suficiente para realizarmos competições, e que o melhor surfista do mundo poderia sair de qualquer região do planeta, se tivesse chances de treinar numa piscina dessas.

Recentemente Slater deu uma entrevista a ESPN e ao Caio Salles e tocou nesse assunto das piscinas com onda.

Palavras de Kelly Slater:

“We need to make wave pools good enough to compete in, and by this summer we’ll have them. I’m working on building the best wave pool of all time. Six of us are part of a company, which we’re calling Kelly Slater Wave Company. My manager, Bob McKnight from Quiksilver, and a full-time wave scientist who works out of our office in Culver City are also part of it. We’ve been working on this for more than three years, and we’re building our test model in L.A. as we speak. Once we have the technology, we can potentially build these pools all over the world. I’m already thinking ahead, beyond pools, to how we can create a wave-generating system and sink it into lakes, as long as it doesn’t screw up the environment. Eventually, I’d love to see a Tour that incorporates a couple of stops on these waves.

If we had a wave pool that produced a good enough wave for all the guys, and you could just repeat things over and over and over again and get so good at everything. That’s one way we could have an enclosed area and really have performance surfing



Essa tecnologia a que Kelly se refere, chamada de Surf the Ring, criada por Kevin Roberts, promete ser diferente e tem um real potencial para impactar o surf competição como nunca antes foi possível, colocando o surf nas olimpíadas e permitindo que algumas etapas da ASP sejam realizadas em ondas artificiais.




SURF THE RING




www.webberwavepools.com


O SURF NA TV E NAS OLIMPÍADAS

Há muitos anos se fala e se deseja que o surf se torne um esporte olímpico e mais sério, com espaço na tv e um volume de investimentos maior para o esporte como um todo. Muito e há muito se fala sobre isso. Mas o que é sonho para muitos, é o um pesadelo para tantos outros, pois o mesmo dinheiro que vai colocar o surf em evidência, é o que vai tirar a sua verdadeira essência. Para muitos, esse assunto era como aquela história de vender a alma para o diabo.

Na sua essência, o surf é um esporte livre por natureza e que envolve somente as ondas, o surfista e a sua prancha. Um esporte quase hippie onde todos nós, surfistas, somos obrigados a entrar em contato com a sintonia das ondas universais. Os ventos, as marés e as ondulações, juntos, fazem com que algumas praias, reefs, points ou lages de pedra, criem ondas perfeitas (ou no mínimo razoáveis) para a prática do surf. É sempre a natureza quem manda. E com a entrada do surf na TV ou nas Olimpíadas, nosso esporte perderia a sua alma e daria poder de decisão na mão de pessoas que nunca surfaram e que nunca viveram o surf.

Para melhorar a audiência e para se adaptar a regras olímpicas seríamos obrigados a mexer no conceito, na estrutura e nos moldes do esporte e de sua estrutura competitiva.

Já possuímos alguns exemplos de baterias que, esperando o OK do Sportv (que apresentava os comentários de um jogo de volley que já havia acontecido uma semana antes), perderam o momento. Explico, enquanto todos ficaram esperando pelo sinal da TV, o vento entrou, estragou as ondas e deixou o mar sem ondas e com forte vento maral. Acabou com o surf, a exibição na tela ficou horrível e os atletas piraram. Deu tudo errado.

Certa vez, em um almoço com o Edinho Leite e com o Bira Schauffer em Porto Alegre durante o Congressurf, comentávamos sobre a mídia, e ambos foram enfáticos sobre isso: “o surf já tem a sua tv: a internet”. E realmente, pensando em mostrar ao mundo as ondas e as competições internacionais, o surf rapidamente se moldou a internet, que se transformou numa TV poderosa e com seu foco e público-alvo 100% ajustado. E sinceramente, eu penso que o surf não precisa da frieza competitiva dos esportes olímpicos e nem da mega-popularidade da tb averta. O surf é aventura, é desafio, estilo de vida, arte e um esporte livre.

Mas estes são conceitos antigos e o projeto do Kelly Slater, com a força da Quiksilver por trás, mostra que esse caminho até as olimpíadas e a TV pode funcionar sim, e muito bem. Todos queremos respeito aos nossos atletas, reconhecimento do surf como um esporte profissional, e mais projeção na mídia para atrair mais investimentos. E é justamente aí, que as piscinas com onda caem como uma luva, com ondas sempre perfeitas, controláveis, que quebram perfeitas o dia todo, que não dependem de swell ou do vento. É o sonho de qualquer surfista, organizador de evento ou patrocinador.

Desta maneira o surf pode sim ir para a TV e para as olimpíadas sem perder a sua essência. Tudo vai mudar, com toda certeza. Mas será no surf de piscina. Não no surf do mar. Esse, justamente por toda aventura e sintonia com as ondas cósmicas e naturais do mundo, é que fazem do surf um esporte especial.

As piscinas virão, e a tecnologia pode alavancar o surf para o patamar de esporte olímpico, rico e respeitado, com grana e visibilidade para os atletas.

Gostem ou não, esse parece um dos caminhos para o futuro do surf competição.


AS PISCINAS COM ONDA QUE JÁ EXISTEM

Hoje temos diversas piscinas com onda funcionando do mundo. Algumas só para banhistas, e algumas com ondas boas e bem surfáveis. No geral, são projetos muito caros e com um custo de construção e manutenção altíssimo. Mas já são uma realidade.

OCEAN DOME – JAPÃO


SUNWAY LAGOON – MALASIA


SIAM PARK – TENERIFE


TYPHOON LAGOON – DISNEY


VALLEY OF WAVES, SUN CITY, SOUTH AFRICA


FLOWRIDES



ALGUNS PROJETOS INTERESSANTES

Existem muitos projetos e idéias criativas tentando produzir ondas artificiais de qualidade. Segue aqui alguns desses projetos que estão na web.


www.webberwavepools.com


http://www.liquidevolution.com



Por: Dadá Souza

13 de julho de 2010

Ah uma dessas aqui em casa!!

The 2010 Quiksilver King of the Groms EC Qualifier belongs to Pat Schmidt!
Check out the road to his victory and the groms who tried to stop him via the video below.

For the full recap, series info and photos, go to the global event page at http://www.quiksilver.com/kotg2010

8 de setembro de 2009

QUERO UMA DESSAS NA MINHA CIDADE!

Sempre fui contra as coisas muito artificiais. O que é natural é natural e não tem conversa. Mas como eu queria uma dessas... Não tem dia de flat, não tem crowd (o público dentro d'água é controlado) e o mais legal, você pode controlar o tamanho das ondas, se vai ter mais esquerdas ou mais direitas e até o tamanho dos tubos. Oooooooo la em casa..