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3 de junho de 2018

ITALO VENCE EM KERAMAS E ASSUME A LIDERANÇA DO RANKING

Por: Dadá Souza

O brasileiro Italo Ferreira venceu o Corona Bali Protected, a 5ª etapa do circuito mundial da World Surf League, garantiu sua segunda vitória em 2018 e assumiu a liderança do ranking surfando com um ritmo impressionante em Keramas. 


Italo Ferreira, campeão em Keramas - Foto: WSL/Ed Sloane

A etapa de Keramas não decepcionou. Um evento todo com ótimas ondas. Sempre bom, sempre abrindo, sempre perfeito. No último dia ondas bem menores, mas ainda assim com ótima formação. De negativo nesse evento só a quantidade de lixo plastico que passa boiando no mar. Diminuir o lixo plástico é tão necessário que deveria ser a Nova Ordem Mundial.

Essa foi a 5ª etapa consecutiva com ondas para a direita. Tá certo que Saquarema podia ter rolado nas clássicas esquerdas de Itaúna e que a etapa de Margaret River, cancelada por causa dos ataques de tubarão, será finalizada nas esquerdas de Uluwatu, mas a verdade é que o circuito tem priorizado as direitas. A escolha de Keramas, uma direita na terra de tantas esquerdas icônicas é até difícil de explicar. Daria para dizer que é nítido que os regulars estão levando vantagem sobre os goofies com essa escolha não fossem dois nomes: Italo Ferreira e Gabriel Medina. Dois goofies que tem sido o pesadelo de praticamente todos os regulars do circuito. 

 Italo Ferreira, o surfista Nota 10 em Keramas - Foto: WSL/Kelly Cestari


Italo Ferreira vez um evento e tanto em Keramas. Só a vitória lhe daria a liderança do ranking e não restou pedra sobre pedra em seu caminho. Foi contido e eficiente na primeira metade da competição e agressivo e invencivel na segunda metade. Italo começou o evento perdendo para Joel Parkinson no Round 1, depois venceu o wildcard Barron Mamiya no Round 2 e venceu o brasileiro Tomas Hermes no Round 3. Até aqui Italo surfou economizando energia. Daqui em diante Italo mudou a chave para o modo matador e começou a atropelar seus oponentes. No Round 4 venceu Filipe Toledo e Adriano de Souza somando 17 pontos; Nas quartas derrotou um inspirado Jeremy Flores somando 16.20; Na semi Italo derrotou Jordy Smith fazendo a única nota 10 do evento e na Final Italo venceu Michel Bourez somando 18.87 pontos. Sempre muito rápido, sempre bem radical e agressivo, sempre com as manobras linkadas e com um ótimo repertório de manobras aéreas. Não foi a toa que Italo venceu esse evento. 

"Essa onda aqui é perfeita, lembra bastante a da minha casa (Baía Formosa). Eu tenho surfado bem cedo aqui todos os dias porque eu amo essa onda e queria aproveitar ao máximo. Hoje (domingo) foi um dia perfeito. O Michel Bourez tem realmente um power-surf, provavelmente o melhor do Tour, então eu sabia que precisava fazer o meu melhor para vencer. Felizmente para mim, encontrei algumas boas ondas para mostrar o meu surfe"



Filipe Toledo terminou o evento na 5ª colocação. Surfou muito, sobrou em quase todas as suas baterias e acabou perdendo para Jordy Smith em uma bateria onde o sul-africano foi agraciado com a maior nota do dia. 

Silvana Lima fez um grande evento em Keramas, acabou na 5ª colocação e está entre as Top 10 do ranking na 8ª colocação. Tyler Wright e Lakay Peterson fizeram a final feminina. Uma bateria super disputada onde brilhou a estrela de Lakey Peterson que também venceu sua segunda etapa em 2018. Lakey segue mais líder do que nunca.


QUARTAS DE FINAL



As quatro baterias das quartas de final apresentaram ondas boas, ondas perfeitas, surfe de alto nível, as 4 foram baterias bastante disputadas mas três delas acabaram com muita gente criticando o julgamento.

Michel Bourez (PYF) e Griffin Colapinto (USA) fizeram a primeira bateria das quartas. Bourez abriu a bateria com um tubo, rasgou forte e finalizou com uma batida na junção e marcou 7.67. Já na metade da bateria Griffin pegou uma onda maior, pegou um belo tubo, fez um cutback, uma rasgadinha e finalizou com uma batida na junção. Marcou 8.50. A segunda nota do norte-americano foi um 5.63 em uma onda de manobras fracas. Bourez fechou a bateria com uma onda bem menor, fez um tubo longo, algumas manobras e fez 8.50. Comparando as duas notas 8.50 eu diria que tem uma certa discrepância. Bourez, que mostrou mais comprometimento que Colapinto, venceu a disputa por 16.17 a 14.43.  Você pode assistir essa bateria aqui  

Mikey Wright (AUS) e Willian Cardoso (BRA). De um lado o australiano que vem tendo todas as portas abertas no tour. Do outro lado o estreante brasileiro que teve que se classificar pelo QS para participar do CT. Willian parecia disposto a resolver na porrada. O “brazilian Sunny Garcia” surfou forte e jogou muita água pra cima. Mikey parecia disposto a resolver tudo nos tubos. Faltando menos de 2 minutos para o termino dessa bateria Willian pegou uma boa onda, entubou fundo wsaiu com a pequena baforada, fez um cutback e finalizou com uma batida na junção. Marcou 7.53. Mikey Wright ficou sozinho no outside, pegou uma onda menor que a do Willian, fez um tubo mais longo mas bem mais espremido, um cutback e duas manobras fracas. Ele precisava de mais de 8 pontos e ganhou 8.43. Pareceu muita nota, principalmente com esse discurso da WSL de que os juízes ficaram mais exigentes e que a escala das notas está mais baixa. Na web muita gente achou injusto. Aliás, muita gente acha bastante injusto um convidado correr boa parte do CT sem ter se classificado para isso.  Você pode assistir essa bateria aqui  

Jordy Smith (ZAF) e Filipe Toledo (BRA) fizeram uma bela disputa. Jordy Smith começou a bateria pegando um belo tubo por trás do pico e duas manobras fracas. Ganhou 9.57. Sem dúvidas um ótimo tubo, mas com o resto da onda foi fraco. Filipe pegou um tubo mais espremido que o de Jordy, entubou por bastante tempo, saiu e fez duas manobras também não muito fortes. Ganhou 6.83. Faltando 3 minutos para o fim da bateria Jordy fez um pequeno aéreo rodando e somou mais 5.77. Na onda de trás Filipe pego um tubo, fez mais 4 manobras, sempre puxando a o máximo o bico da sua prancha e fez 7.57. Jordy Smith, venceu por 15.34 a 14.40 mas muita gente não engoliu essa. Você pode assistir essa bateria aqui 

Italo Ferreira (BRA) e Jeremy Flores (FRA) fecharam as quartas com um duelo e tanto. Italo resolveu a bateria já na primeira metade do confronto. Sua primeira nota foi uma onda de quatro manobras bem fortes (7.67). A segunda nota foi uma onda de 6 manobras, todas também muito fortes(8.60). Uma performance porreta do líder do ranking que não deixou nenhuma margem para discussão. Jeremy fez sua primeira nota faltando 10 minutos para o fim do confronto. Um tubo muito bom, um cutback e uma finalização forte. Marcou 9 pontos. Nos últimos 5 minutos de bateria Jeremy surfou uma boa direita, manobrou forte e fez 6.73. Uma performance incrível de Jeremy Flores nesse evento. Italo venceu por 16.20 a 15.73. Você pode assistir essa bateria aqui


SEMIFINAL

Michel Bourez x Mikey Wright. O experiente tahitiano contra o convidado australiano. Pena que essa foi uma bateria com poucas ondas. A primeira onda da bateria só apareceu lá pelos 12 minutos. Mikey Wright errou muito e só surfou ondas medíocres. Bourez mostrou mais   comprometimento, fez duas ondas regulares, mas muito bem surfadas e venceu a disputa por 14.27 a 5.67.



Italo Ferreira x Jordy Smith. Italo fez sua primeira nota bem no início da bateria. Sete cassetadas de backside lhe renderam um 7.13. Jordy veio na onda de trás, fez cinco manobras e ganhou 8 pontos. Italo foi mais agressivo, Jordy mais estiloso. A discussão acabou quando Italo dropou uma boa onda, mandou um aéreo rodando muito alto já na primeira manobra, duas cassetadas, um pop shovit e finalizou a onda com uma batidinha de base trocada. Nota 10. A diferença entre o 8 do Jordy e o 10 de Italo ou entre o 8.93 do Jordy e o 10 do Italo não foi de meros dois pontos, ali havia um oceano de diferença. Discrepâncias de um julgamento míope?




FINAL

Italo Ferreira x Michel Bourez  Italo Ferreira saiu na frente empilhando notas acima dos 7 pontos. Michel Bourez começou mais tímido e escolhendo mal as ondas. Italo espancou tudo que veio pela frente como se estivesse surfando em casa. Surfou sorrindo. Michel Bourez, tão conectado com as ondas durante todo o evento, nada pode fazer. Em 7 ondas Italo fez 32 manobras, sendo que 3 delas surfando a última onda da bateria de base trocada e venceu o tahitiano por 18.87 a 9.83. Vitória do brasileiro, a segunda de 2018, a única nota 10 da competição e a liderança do circuito mundial. 




RANKING

Italo Ferreira é o líder do ranking com 24.995 pontos. Felipe Toledo é o vice-lider com 22.850 pontos. O australiano Julian Wilson é o 3º colocado, com 21.080 pontos. Gabriel Medina (5º) e Michael Rodrigues (10º) completam o time de brasileiros no Top 10.

Segue aqui o Ranking atualizado





Foto: WSL/Kelly Cestari

O julgamento também merece nota? Não foram poucas as baterias em que o nome dos juízes apareceu tanto quanto o nome dos surfistas. O julgamento já era o Calcanhar de Aquiles da ASP e continua sendo a maior fraqueza na WSL. Sem credibilidade o público mais engajado pula fora e o surf vira um novo Telecatch, como disse o Ivo Remuska, da Mesa Surfocrática.

21 de junho de 2013

Surfistas da ASP fazem session de surf noturno em Bali

19 de junho de 2013

Oakley Pro Bali - Medina e Pupo avançam para o Round 3



No primeiro confronto do dia Kelly Slater, sem surpresa nenhuma, venceu fácil o jovem australiano Jack Robinson por 18.17 a 3.43. O posicionamento de Slater nos tubos e suas potentes rasgadas somaram 9.00 e 9.17 e o careca foi disparado o melhor surfista dessa fase.

A segunda bateria foi morna e sonolenta. Taj Burrow derrotou fácil o havaiano Bruce Irons. Todos esperavam muito de bruce mas o havaiano somou 1.77 e 1.37 enquanto Taj somou 5.67 e 7.83.

Na terceira bateria, mais um erro grosseiro de julgamento em favor de Joel Parkinson. Parko caiu na água contra o local Oney Anwar, surfou mal, mas teve suas ondas muito mais valorizadas que as ondas do balinês. Enquanto Parko fez ondas medianas com várias manobras que não encaixaram direito, o balinês mandou bons aéreos rodando e pegou um bom tubo na sua última onda finalizando com um aéreo. Os juízes, como sempre apaixonados pelo Parko, não deram a virada. A bateria está no Heats on Demand e todos podem ver o quanto a ASP  protege o australiano.

Os mesmos juízes de sempre e as mesma ASP de sempre. Esse tipo de julgamento e de protecionismo é que coloca em cheque a credibilidade da ASP e do esporte surf.

Josh Kerr venceu Dusty Payne por 13.00 a 11.00

Na 5ª bateria Willian Cardoso e Gabriel Medina fizeram uma dobradinha brasileira. Enquanto Willian parecia não conseguir entrar em sintonia com as ondas de Keramas, Gabriel Medina fez duas ondas sólidas e venceu Willian Cardoso por 17.80 a 8.77.

Sebastien Zietz e Kieren Perrow  foi outra bateria em que o julgamento deixou a desejar. A primeira nota de Zietz, um 9.00, foi exagerada para uma onda sem muito brilhantismo: uma rasgada boa , na sequencia mandou duas rasgadas menores, sem nenhuma finalização. Presente do seu patrocinador que por acaso é o patrocinador do evento? Não sei, o que eu sei é que essa onda nunca deveria valer nove pontos. Zietz acabou vencendo a bateria por 15.23 a 11.60.

Na sétima bateria do dia, Julian Wilson venceu o brasileiro Raoni Monteiro por 15.70 a 11.57. Julian começou a bateria com um grande aéreo que lhe valeu 8.87. Raoni lutou e bem que tentou virar o resultado, mas Julian Wilson acabou vencendo o confronto por 15.70 a 11.57.

Adrian Buchan venceu Adam Melling por 17.33 a 10.44. Adrian Buchan começou essa bateria com uma nota 9.63 em uma onda com dois floaters e uma rasgada.(?) Não foram os australianos que reclamaram que floaters não deveriam valer notas altas? Bem, ontem eles não reclamaram.

Kai Otton e Alejo Muniz se enfrentaram na 9ª bateria do dia. E quem se deu melhor foi o australiano. Alejo não conseguiu entrar em sintonia com as ondas de Keramas enquanto Otton aproveitava cada sessão da onda. No final Kai Otton 14.90 contra 8.17 de Alejo, que precisa começar uma reação se quiser continuar no tour. Talento e surf com certeza não lhe faltam.

A última bateria do dia foi entre Bede Durbidge e o brasileiro Miguel Pupo. Miguel venceu a bateria por 12.77 a 12.70 e passou para o Round 3, mas ficou a impressão de que Bede Durbidge surfou melhor. O australiano váriou mais as manobras e foi um pouco mais agressivo que Miguel, felizmente, para nós brasileiros, o miguel passou para a próxima fase.

Depois dessa bateria o evento foi paralisado e ainda restam duas baterias do Round 2 para fechar essa fase, Putra Hermawan x Brett Simpson e Kolohe Andino x Matt Wilkinson.


Nota:

Os juízes continuam subjetivos demais e os critérios continuam mudando bastante dependendo de quem está na bateria. As manobras inovadoras valem mais ou menos dependendo de contra quem são aplicadas. Se forem contra o Joel Parkinson, por exemplo, elas valem menos.

Os juízes deveriam ser sempre renovados, e os piores juízes deveriam dar lugar aos melhores juízes das etapas Prime.

As notas altas, acima de 9, deveriam ter manobras com grande grau de dificuldade,  variação de manobras e fortes finalizações. E são muitas as notas acima de 9 esse ano que não apresentam nenhum desses critérios.

Veja mais direto no site oficial do evento:

18 de junho de 2013

Oakley Pro Bali - Round 1


Começou em Keramas, Bali, a 5ª etapa do world Tour da ASP.

Adriano de Souza e Filipe Toledo venceram suas baterias e já estão classificados para o Round 3.

Willian Cardoso, Raoni Monteiro, Gabriel Medina, Alejo Muniz, Miguel Pupo, Kelly slater e Joel Parkinson perderam na primeira fase e disputam a repescagem do Round 2. 

John John Florence foi o grande nome desse primeiro dia de evento. somou 19.87 dos 20 pontos possíveis e fez uma nota 10 com um alley-oop impressionante que mandou Sebastian Zietz e Miguel Pupo para o Round 2.

Fiquem ligados que esse evento promete!

Mais no site oficial do evento: http://www.oakleyprobali.com/live/


Resultados do Round 1

Adriano de Souza (Bra) 12.93,   Bede Durbidge (Aus) 12.17,   Dusty Payne (Haw) 8.60
2 Fredrick Patacchia (Haw) 12.67,   Joel Parkinson (Aus) 12.00,   Travis Logie (Afr) 0,00
3 Yadin Nicol (Aus) 14.56,   Kolohe Andino (EUA) 12.93,   Taj Burrow (Aus) 12.63
4 Jordy Smith (Afr),   Matt Wilkinson (Aus) 15.46,   Oney Anwar (Ind) 11.93
5 Mick Fanning (Aus) 14.56,   Brett Simpson (EUA) 6.83,   Bruce Irons (Haw) 5.50
6 Damien Hobgood (EUA)14.10,   Kelly Slater (EUA) 12.00,   Jack Robinson (Aus) 5.83
7 Nat Young (EUA) 17.03,   Willian Cardoso (Bra) 13,90,   Kai Otton (Aus) 13.40
Filipe Toledo (Bra) 16,07,   Kieren Perrow (Aus) 15.50,   Josh Kerr (Aus) 11.67
9 CJ Hobgood (EUA) 16.43,   Adrian Buchan (Aus) 15.17,   Raoni Monteiro (Bra) 8.17
10 Michel Bourez (Tah) 17.30,   Adam Melling (Aus)14,10,   Gabriel Medina (Bra) 12.93
11Jeremy Flores (Fra) 16.94,   Julian Wilson (Aus) 16.77,   Alejo Muniz (Bra) 13.90
12 John Florence (Haw) 19.87,   Sebastian Zietz (Haw) 19.37,   Miguel Pupo (Bra) 13.60

30 de outubro de 2011

Filipe Toledo - BALI BAGUS

Filipe Toledo, um dos grandes talentos da nova geração do surf brasileiro, esteve em Bali para participar do mundial Pro Junior, que rolou em Keramas e Canggu e aproveitou para treinar nas ondas perfeitas da região. O vídeo foi publicado no perfil da Nike 6.0 e mostra o surf do Campeão Mundial Mirim -- ISA, Campeão Sul Americano PRO JR -- ASP, o ubatubense Filipe Toledo.