Filipe Toledo foi o vencedor do Oi Rio Pro, a 4ª etapa do
circuito mundial da WSL. Com nítida superioridade, Filipinho venceu Wade Carmichael
na final por 17.10 a 8.00 e agora é o vice-líder do ranking.
Saquarema fez bonito na elite. As ondas foram boas e consistentes, o público foi quente e o
campeonato rolou com poucas interrupções. Quando a máquina de ondas de Saquarema liga o surf é intenso e desafiador. A praia de Itaúna proporcionou ótimas
direitas quando o evento rolou na Barrinha (que às vezes lembrou o Hawaii e às
vezes lembrou Kirra) e ótimas esquerdas quando o evento rolou no Point de
Itaúna. Ondas fortes, tubulares, desafiadoras, com boa formação, tudo bem
pertinho da praia. A melhor etapa do ano? Com certeza. Comparações com a piscina do Kelly ou com o Postinho é pura perda de tempo. Saquarema mostrou ao mundo seu potencial e mostrou para a
WSL Itaúna é o palco ideal para essa etapa.
Filipe Toledo fez um evento perfeito em Saquarema. Venceu todas as suas baterias, surfou sempre com performances de altíssimo nível, fez a única Nota 10 da competição e no último dia atropelou todo mundo que passou pela sua frente. Sua vitória foi indiscutível. A 2ª vitória dele no Brasil e a 6ª na
elite mundial. Julian Wilson continua na liderança do ranking e está a
apenas 1.034 pontos na frente de Filipe Toledo. Keremas vai pegar fogo!
QUARTAS
DE FINAL
Heat 1 - Filipe
Toledo (BRA)x Kolohe Andino (USA) – O primeiro
confronto do dia começou com ótimas ondas e com o Filipe Toledo ditando o ritmo
da competição. Em sua primeira onda Filipe entubou, manobrou
forte e marcou 7.67, mais que a somatória de Kolohe até o momento. A backup do Filipe foi uma onda mais curta que rendeu 6.77. As ondas pararam e foi essa segunda onda que deu a vitória ao Filipe Toledo (13.84 a
11.93). Semifinal para o brasileiro, 5º lugar para Kolohe Andino.
Heat 2 - Julian
Wilson (AUS)x Michael Rodrigues (BRA) – Encarar o
líder do ranking (e queridinho-mor da WSL) Julian Wilson nunca é uma tarefa fácil, especialmente
em direitas tubulares. Michael Rodrigues abriu a bateria com ondas regulares
(4.00 e 5.83) enquanto Julian começou errando tudo. Faltando 9 minutos para o término Julian entubou, finalizou com um aéreo e fez sua primeira
nota na bateria (7.33). Com uma onda fraca (3.83) Julian passou na frente do brasileiro. Michel
arriscou bastante nos aéreos, mas caiu demais. Julian venceu por 11.20 a 9.83 e o
brasileiro se despediu do evento.
Heat 3 - Gabriel
Medina (BRA)x Wade Carmichael (AUS) – Wade
Carmichael parecia muito a vontade nas direitas da Barrinha. Estava bem calmo e bem
sintonizado com os tubos. Medina passou a bateria apostando em aéreos que não saíram. Faltando 9 minutos para o término Wade Carmichael tinha duas notas na casa dos 5 pontos e Medina estava em combinação de ondas. Gabriel Medina, que insiste que não precisa de um técnico, foi eliminado do evento com a somatória de 3.63.
Heat 4 - Yago
Dora (BRA)x Ezekiel Lau (HAW) – Uma bateria com
poucas ondas boas e com quase todas as notas muito baixas. Zeke surfou
melhor, colocou uma nota 6.83 e nos últimos segundos de bateria fez mais 6.03.
Yago, o aniversariante do dia, acabou eliminado da competição somando 8.30.
SEMIFINAL
Heat 1 - Filipe
Toledo (BRA)x Julian Wilson (AUS) – Uma bateria
especialmente boa para os brasileiros. Primeiro porque Filipe Toledo vem
surfando muitíssimo mais que o líder do ranking em 2018; e depois porque é muito
legal quando o talento se sobressai a preferência dos juízes e vence de maneira incontestável. Filipe fez
sua primeira nota com uma onda forte (6.67). Logo em sequida ampliou a diferença
com uma ótima onda que começou com um tubo e finalizou com um aéreo rodando
(8.67). Na metade do confronto Julian já estava precisando de uma combinação de
ondas e assim foi até o final. Nos instantes finais da bateria
Filipe ainda pegou um ótimo tubo, marcou 7.70 e aumentou o tamanho da Kombi de
Julian.
Heat 2 - Wade
Carmichael (AUS) x Ezekiel
Lau (HAW) – Bateria com dois surfistas fortes, pesados
e com ótimo faro para os tubos. Wade Carmichael saiu na frente com duas ondas
regulares (7.17 e 6.00). Zeke começou com duas notas mais baixas (5.10 e
4.17). Wade, sem técnico, sem muita estrutura e com poucas pranchas no Brasil
venceu o havaiano e foi para sua primeira final na elite mundial.
FINAL
Filipe
Toledo (BRA)x Wade Carmichael (AUS) – Brasil x
Australia. Surf progressivo x Surf de borda. Acima de tudo, um duelo de
surfistas que não pareceram sentir qualquer pressão durante esse campeonato.
Filipe Toledo saiu na frente com um tubão. Marcou 9.93 e levantou a galera na
praia. Faltando 10
minutos para o termino da final Wade Carmichael precisava de uma combinação de
ondas. A situação do australiano piorou quando Filipinho pegou um tubo longo
em uma onda não muito grande e marcou mais 7.70. Foi a tampa no caixão do
australiano. Filipe Toledo campeão indiscutível em Saquarema.
RANKING ATUALIZADO (Ainda falta finalizar a 3ª etapa, cancelada por causa dos ataques de tubarão.)
1 Julian Wilson (AUS) 19.415 2
Filipe Toledo (BRA) 18.075 3
Italo Ferreira (BRA) 14.995 4
Gabriel Medina (BRA) 14.160
5 Wade Carmichael (AUS) 13.585
6 Ezekiel Lau (HAV) 11.670
7 Owen Wright (AUS) 11.575
7 Michel Bourez (PLF) 11.575 7
Michael Rodrigues (BRA) 11.575
10 Adrian Buchan (AUS) 11.550
11 Mick Fanning (AUS) 11.500
12 Griffin Colapinto (EUA) 9.835
13 Kolohe Andino (EUA) 9.740 14
Tomas Hermes (BRA) 8.590
15 Frederico Morais (POR) 8.495
16 Kanoa Igarashi (EUA) 8.240 17
Adriano de Souza (BRA) 7.450
17 Conner Coffin (EUA) 7.450
17 John John Florence (HAV) 7.450
17 Sebastian Zietz (HAV) 7.450
17 Jeremy Flores (FRA) 7.450
22 Patrick Gudauskas (EUA) 7.345 23
Yago Dora (BRA) 7.250 25
Willian Cardoso (BRA) 6.660 28
Ian Gouveia (BRA) 4.960 30
Jessé Mendes (BRA) 4.170
P.S. - O Maraca, de algum lugar, observava tudo com orgulho e com aquele sorriso largo.
Depois de um verão de abstinência, os eventos da WSL
voltaram e a primeira das 11 etapas de 2018 foi finalizada. O Quiksilver Pro
Gold Coast, primeiro dos três eventos australianos, acabou com uma final australiana,
com Julian Wilson campeão do evento e Adrian Buchan como vice.
Antes de começar a falar sobre esse campeonato, vale a
pena dizer que 2018 começou com algumas novidades no tour. A WSL trocou de CEO,
trocou de Head Judge, mudou a distribuição de pontos em cada fase, a repescagem
do Round 5 foi eliminada, a piscina de ondas do Kelly entrou no tour, o Mick
Fanning anunciou sua aposentadoria e o Brasil é hoje a nação com o maior número
de participantes na elite mundial.
Como acontece há séculos (isso é uma brincadeira), o circuito
começa na Gold Coast australiana. Quase sempre na famosa bancada de Snapper
Rocks, às vezes também em Kirra. Ninguém questiona a qualidade dessas ondas,
tanto Snapper quanto Kirra são ondas longas e de altíssima qualidade, a
primeira favorece as manobras e a segunda os tubos. O problema dessa etapa é
que nem sempre ela apresenta ondas tão boas durante os campeonatos da WSL.
Dessa vez até rolou um daqueles clássicos em Snapper, mas o evento acabou
mudando para Kirra. Algumas pessoas disseram que foi uma tremenda mancada da
WSL, algumas pessoas disseram que a WSL fez o correto e algumas pessoas
disseram que a mudança favoreceria justamente os surfistas que não vinham se
destacando nas manobras. O fato é que o campeonato mudou pra Kirra e as finais
rolaram com boas ondas. Não estava clássico, nenhum dos surfistas conseguiu
colocar duas notas no padrão excelente, mas tinha boas ondas (Nada clássico
como muitas mídias publicaram).
O campeonato começou com ondas difíceis e muita correnteza
e a maioria dos “tops” passou trabalho para mostrar uma linha de surf acima da
média. Filipe Toledo, Gabriel Medina, Italo Ferreira e Mick Fanning foram os melhores
nomes do primeiro dia e surfaram bem acima da média. O restou remou.
Literalmente.
No segundo dia o round 2 rolou em ondas menores, mas
melhores. A repescagem contou com 4
campeões mundiais e com 9 brasileiros lutando para continuar no evento. Medina,
Mineiro, Michael Rodrigues, Willian Cardoso e Tomas Hermes venceram seus
confrontos na raça e avançaram na competição. Ian Gouveia, Caio Ibelli, Yago Dora e Jesse
Mendes perderam suas baterias e deram adeus a competição com a 25ª colocação
(assim como o campeão mundial John John Florence). Jessé deveria ter passado,
mas os juízes, ah os juízes...
No Round 3 o time
brasileiro perdeu Willian Cardoso, Italo Ferreira e Gabriel Medina. Mais da
metade do nosso “time” perdeu nas fases iniciais do evento e muita gente já tem
um primeiro descarte já na primeira etapa. Mas também teve quem se conectou bem
com as ondas de \Snapper Rocks Tomas Hermes, Filipe Toledo, Adriano de Souza e
Michael Rodrigues surfaram muito bem e avançaram na competição. Filipe sempre
puxando o ritmo e os limites. Mineiro foi o único brasileiro eliminado no Round
4.
Até o Round 4 o campeonato
rolou em Snapper Rocks. Filipe Toledo foi o melhor surfista de todo o evento
até aqui, Tomas Hermes e Michael Rodrigues pareciam estar surfando em casa e
Owen Wright estava com o surf muito encaixado, sempre fazendo boas notas. Se eu
pudesse dizer que o surf tem alguma lógica, diria que o campeonato estaria
entre esses quatro competidores.
Nas quartas de final o mar
subiu bastante e a organização do decidiu transferiar o evento para Kirra. O evento
deixou de lado as manobras para investir nos tubos. Muita gente disse que foi
cagada da WSL porque Snapper quebrou clássico. Muita gente defende a ida para
Kirra, apesar das poucas notas excelentes nesse dia. Adrian Buchan, sempre
constante, eliminou Owen Wright e garantiu a primeira vaga na semi. Tomas
Hermes eliminou Filipe Toledo, até então o melhor surfista da competição e foi
para sua primeira semifinal na WSL já em seu evento de estreia. Julian Wilson
eliminou Michel Rodrigues com a primeira nota bastante inflada e Griffin
Colapinto eliminou Michel Bourez fazendo a única nota 10 da competição.
Tomas Hermes e Griffin
Colapinto, dois novatos no tour, chegaram as semifinais do evento derrubando
verdadeiros gigantes pelo caminho. Tomas, surfando com sua Xanadu Viper,
eliminou Joan Duru (FRA, eliminou Kolohe Andino (USA), Eliminou Mick Fanning
(AUS) e eliminou o brasileiro Filipe Toledo. Griffin Colapinto venceu de John John
e Mikey Wright no Round 1, eliminou o local Joel Parkinson, o norte-americano
Kanoa Igarashi e o tahitiano Michel Bourez. Fazer semifinal já no primeiro
evento na elite foi um grande feito desses dois novatos que começaram o ano já concorrendo ao Rookie of the Year.
SEMI
Na primeira bateria da
semi, o australiano Adrian Buchan venceu Tomas Hermes. Adoraria dizer isso com
mais verdade, mas essa foi uma das tantas baterias de julgamento polêmico.
Adrian Buchan venceu, mas muita gente acha que nem ele e nem o julgamento
convenceram. O heat analyzer está lá para quem quiser ver.
A verdade é que surfistas
estreantes muitas vezes são cruelmente julgados e coisas como essa acontecem. Também
diria que é verdade que ondas maiores, independente se foram melhores surfadas,
ganham pontuações proporcionalmente infladas, como se a linha de surf valesse
mais do que o tamanho da onda.
Na segunda semi Julian Wilson venceu
Griffin Colapinto surfando mais do que o novato e começou o ano com uma final
FINAL
A final começou com uma
onda excelente de Julian Wilson que pegou um tubão, marcou 9.93 e garantiu a
metade da bateria. Uma onda menor e um 7.50 garantiram a vitória já na metade
da bateria. Adrian Buchan bem que lutou,
mas as ondas não estavam fáceis. Na metade do confronto conseguiu um 6.50 e no
finalzinho da bateria um 8.60. Julian venceu o primeiro
evento do ano, venceu pela primeira vez na Austrália, venceu vindo de lesão
séria no ombro e venceu poucos dias depois do nascimento da sua filha. Nada mal
para o australiano.
Adrian Buchan e Julian
Wilson chegaram às finais do evento sem estarem entre os grandes nomes do
campeonato. Ambos são excelentes surfistas, ótimos competidores e atletas muito
constantes, mas verdade seja dita, muita gente surfou melhor do que eles nesse
evento e isso, claro, mexeu com os ânimos da galera na web. Se a WSL mudou seu
head judge para dar uma nova cara ao julgamento, não sei se conseguiu. Os critérios parece que estão sendo mais levados a sério e fazer high scores aparentemente ficou mais difícil, mas muita gente discordou de alguns julgamentos.
Mesmo com swell, mesmo com ondas longas, mesmo com muita gente boa e tantas caras novas, o evento todo foi morno. Foram raros
os momentos de brilho em um evento que era para ser de alta performance nas
ondas. E verdade seja dita, Fanning e Parko, mesmo tiozinhos, deram aula em
casa. Não será fácil para a Austrália substituir esses dois e não será nada
fácil para a nova geração surfar no mesmo nível desses dois. Mas se esses dois
deram aula, ninguém surfou mais do que os brasileiros. Filipe Toledo e Gabriel Medina
não competiram bem mas surfaram muito acima da média enquanto Michael Rodrigues
e Tomas Hermes pareciam locais de Snapper Rocks. Nenhum deles chegou a final,
mas tenho certeza de que o surf desses caras impressionou muito mais do que o
surf dos finalistas. Coisas de campeonato. Entre as meninas a final aconteceu entre a norte-americana Lakey Peterson e a australiana Keely Andrew. Ver as meninas competindo em Kirra foi legal demais e a norte-americana venceu a disputa por 15.67 a 5.67.
OS BRASILEIROS NA COMPETIÇÃO
ADRIANO
DE SOUZA
Adriano de Souza é um competidor nato. Um soldado
obstinado e dedicado, não à toa é um campeão mundial.
Mineiro estreou
contra Adrian Buchan (AUS) e Willian Cardoso (BRA) em uma bateria com poucas
ondas boas, passou a bateria toda esperando uma onda boa que só veio no final
do confronto. No Round 2 Mineiro eliminou
Ian Gouveia fazendo uma boa bateria. Saiu na frente, manteve um ritmo forte durante
todo o confronto e mostrou repertório, vontade e uma ótima leitura de onda. No Round
3 Mineiro enfrentou Wade Carmichael, passou a bateria toda lutando e na
última onda fez uma virada espetacular em cima do australiano. No Round 4 Mineiro enfrentou Michael
Rodrigues e Michel Bourez. Mineiro surfou bem, mas acabou ficando em 3º em uma
bateria onde o julgamento foi bastante questionado.
Adriano começou o ano com uma 9ª colocação, é sempre um
candidato real para vencer as etapas. Às vezes parece que ele tem vontade
demais e isso o atrapalha. Em Bells é um dos favoritos.
CAIO
IBELLI
Caio Ibelli é um surfista talentoso e muito dedicado. Esse
ano caio recebeu uma proposta da Slater Designs, quebrou o contrato de exclusividade
com o Xanadu e começou o ano competindo com pranchas novas. Na primeira bateria do evento contra Owen
Wright (AUS) e Ezekiel Lau (HAW), passou a bateria toda literalmente boiando. As
condições do mar estavam bastante difíceis e Caio finalizou a bateria na 2ª
colocação mais por interferência do Zeke Lau do que pelo surf que ele conseguiu
apresentar. No Round 2 Caio Ibelli
enfrentou Willian Cardoso, dessa vez surfou bem, mostrou um surfou bem forte e
consistente, mas o Panda surfou muito. 2018 começou com um descarte e um amargo
25º. Muito pouco para um garoto com um surf tão consistente. Agora é ir pra
Bells mais focado e com mais sorte.
FILIPE
TOLEDO
Filipe Toledo é uma estrela de raro talento. É fácil o
surfista mais rápido do mundo hoje e voa como poucos. Filipe tem o equilíbrio quase
perfeito entre vontade e frieza competitiva e é um dos sérios candidatos ao
título esse ano.
No Round 1 Filipe estreou contra o brasileiro Tomas Hermes
e o Frederico Moraes (PRT), fez a melhor onda do dia, a maior somatória do dia
e simplesmente sobrou na bateria. No Round 3 Filipe Toledo venceu o brasileiro Italo
Ferreira em uma bateria que poderia ter sido a final do evento. Surf de
altíssimo nível. No Round 4 Filipe Toledo enfrentou os australianos Mikey
Wright e ace buchan e simplesmente atropelou todo mundo. Nas quartas de final
Filipe Toledo enfrentou Tomas Hermes nas ondas de Kirra e simplesmente não
conseguiu se conectar com as ondas.
Filipinho começou o ano com uma 5ª colocação, não foi
ruim, mas vale a pena repetir: ninguém surfou como ele em toda a competição. Em
Bells? Grandes chances.
GABRIEL
MEDINA
Gabriel Medina é o talento em
pessoa. Quando ele resolve que quer não tem quem o pare. Surfe de campeão mundial. No Round 1 Medina estreou contra Italo Ferreira (BRA) e Leonardo Fioravanti
(ITA) e sua primeira participação no ano foi com uma interferência em cima do
italiano. Medina surfou muito bem sua primeira onda, mas acabou pagando caro
pela falta de inteligência. No Round 2 Gabriel Medina pegou novamente Leonardo
Fioravanti e dessa vez atropelou o italiano. No Round 3 Medina enfrentou o
australiano Mikey Wright, passou a bateria toda levando uma escovada e não
mostrou nem a metade do que esperávamos dele. Acabou eliminado no Round 3 e
começou o ano com uma 13ª colocação. Muito pouco para quem vinha mostrando um
surf tão forte.
Medina tem um talento monstruoso
e pode facilmente empilhar alguns títulos mundiais, mas nem sempre é
inteligente em suas baterias. Vai pra
Bells sabendo que já tem um primeiro descarte. P.S. - Não seria o caso de procurar um técnico de verdade?
IAN
GOUVEIA
Ian Gouveia é o nosso mini-Occy. O pequeno caçula dos
Gouveia cresce quando o mar sobe, tem manobras fortes e uma vibe incrivelmente
boa.
No Round 1 Ian Gouveia estreou contra Julian Wilson (AUS)
e Joan Duru (FRA), não encontrou boas ondas na bateria, não surfou bem e
terminou o confronto na terceira colocação. No Round 2 Ian surfou contra Adriano
de Souza pelo tudo ou nada, surfou bem forte,
lutou e quase virou a bateria no final do confronto, mas a leitura de onda do
Mineiro fez a diferença.
Começar o ano com uma 25ª colocação certamente não era o
seu objetivo. Agora é ajustar o foco e correr atrás do prejuízo em Bells
ITALO
FERREIRA
Italo Ferreira é um surfista
rápido, forte, confiante e sempre entra na água para vencer e não raro atropela
seus adversários. Seu surf é agressivo, radical e muito veloz.
No Round 1 Italo estreou
contra Gabriel Medina (BRA) e Leonardo Fioravanti (ITA), mostrou o melhor surfe
do dia e garantiu a primeira vitória brasileira na competição. No round 3 Italo
Ferreira e Filipe Toledo fizeram um grande confronto (bem melhor que o da
final), Filipe levou a melhor e Italo se despediu cedo demais da competição.
Italo começou o ano com um
13º justamente em uma das ondas que mais favorecia o seu surf. Em Bells Italo é
um forte candidato. Tem surfe de backside de sobra.
JESSE
MENDES
Jesse Mendes chegou a elite mundial já pronto. Surfista
afiado, competitivo e muito radical.
No Round 1 Jesse Mendes enfrentaria Kelly Slater (USA) e
Mick Fanning (AUS), mas Slater não compareceu ao evento e Jesse estreou no tour
fazendo a única bateria homem-a-homem do Round 1 contra o local hero e tricampeão mundial Mick Fanning. Jesse bem que tentou,
mas o australiano escolheu as melhores ondas, surfou melhor e levou a bateria. No
Round 2 Jesse enfrentou Wade Carmichael, começou surfando bem vertical e levou
a melhor na primeira troca de onda. Ficou faltando uma segunda onda boa para o
brasileiro que perdeu para um adversário que definitivamente surfou pior do que
ele.
Estrear na elite mundial com uma 25ª colocação é aquela
coisa, ou você foca, ou cai fora. E o primeiro descarte você já tem. Em Bells
Jesse deveria surfar um pouco mais tranquilo e sem tantos erros. Surfe e
experiência definitivamente não lhe faltam.
MICHAEL
RODRIGUES
Michael Rodrigues é um novato no tour, mas como dizem, chegou
chegando. Rápido, ousado, radical e bom competidor.
O cearense Michael Rodrigues estreou no tour surfando
contra Matt Wilkinson (AUS) e Michel Bourez (PYF), não encontrou boas ondas na
bateria e finalizou na 2ª colocação. No Round 2 o cearense pegou o havaiano
Sebastian Zietz, surfou e competiu muito bem e fez a mala do havaiano. Mostrou
velocidade, mostrou radicalismo e avançou para o round 3 com certa facilidade.
No Round 4 eliminou Jordy Smith em uma bateria bastante disputada. No Round 4 Michael
Rodrigues enfrentou Mineiro e Michel Bourez, foi um dos melhores surfistas da
bateria, mas os juízes deram a vitória ao tahitiano. Nas quartas de final
Michael Rodrigues pegou o australiano Julian Wilson, que surfou melhor e venceu
a bateria. Os juízes foram bem generosos ao digitar as notas do australiano,
mas ele realmente venceu a bateria.
Quartas de final em seu primeiro evento na elite é para
poucos. Snapper Rocks é uma onda especialmente boa para o surfe de Michael
Rodrigues e ele aproveitou a chance para conquistar importantes pontos. Se
encaixar seu surf nas ondas de Bells tem grandes chances de sair da perna
australiana com o ano pelo menos encaminhado.
TOMAS
HERMES
Tomas Hermes é um estreante no tour. Inteligente,
habilidoso e cheio de cartas na manga.
O novato Tomas Hermes estreou no tour contra Filipe Toledo
(BRA) e Frederico Moraes (PRT). Ele bem
que tentou, mas acabou na terceira colocação. No Round 2 Tomas enfrentou o
francês Joan Duru e surfou como se estivesse em casa. Leu muito bem as ondas,
surfou com comprometimento e com inteligência, só não mostrou muito
radicalismo. No Round 3 Tomas Hermes eliminou o norte americano Kolohe Andino surfando
com muita facilidade. No Round 4, Tomas surfou contra Mick Fanning e Owen
Wright, dois mestres nessa onda. Owen fez uma bateria inspiradíssimo e sinceramente
não teve adversários. Tomas lutou muito, surfou forte, leu bem as ondas,
competiu muito bem e eliminou o Mick Fanning da disputa. Uma belissima bateria
para o brasileiro. Nas quartas de final Tomas Hermes enfrentou Filipe Toledo, o
melhor surfista do evento até então, e venceu o confronto. Na semi Tomas
enfrentou o aussie Adrian Buchan. As ondas estavam difíceis e Tomas surfou bem.
Adrian Buchan venceu o confronto e foi para a final, mas não convenceu. O Heat
Analyzer está lá para quem quiser ver.
Tomas começou o ano de maneira espetacular. Apostando no tabalho do shaper brasileiro Xanadu, fez semifinal no
primeiro evento da elite é mais do que qualquer um poderia sonhar, inclusive o
próprio Tomas. Snapper Rocks é uma onda que favorece o seu surf e ele
aproveitou como ninguém. Rumo a Bells feliz da vida e sabendo que pode garantir
ali um ano um pouco mais tranquilo.
WILLIAN
CARDOSO
Willian Cardoso é um surfista forte, determinado e um bom
competidor.
Willian estreou no CT contra Adrian Buchan (AUS) e Adriano
de Souza (BRA). Enquanto o Mineiro e o Ace boiaram muito, o Panda aproveitou
para surfar, manobrou bem forte, mas não encontrou as melhores ondas da
bateria. No Round 2 Willian enfrentou
Caio Ibelli em uma bateria super disputada. O Panda surfou muito forte,
escolheu as maiores ondas e conseguiu a virada no último minuto da bateria. No
Round 3 Willian pegou o australiano Owen Wright, parecia um pouco de nervoso,
não escolheu bem suas ondas nem encaixou suas manobras com tanta pressão e
perdeu a bateria para um experiente Owen Wright.
Willian é um cara que pode surpreender em Bells. Surfe
forte ele tem.
YAGO
DORA
Yago Dora é um dos surfistas mais talentosos da nova
geração brasileira. Rápido, radical e estiloso. Um surfista no meio de muitos
atletas.
No Round 1 Yago Dora estreou na elite contra Jeremy Flores
(FRA) e Joel Parkinson (AUS), surfou algumas boas ondas, mas acabou na terceira
colocação. No Round 2 Yago enfrentou o norte-americano Conner Coffin em uma
bateria com poucas ondas boas, não conseguiu mostrou seu melhor surf e o
americano venceu o confronto surfando as melhores ondas da bateria.
Começar o ano com um 25º é começar o ano já com um descarte.
Yago tem talento de sobra e pode surpreender em muitas etapas, mas precisa
competir bem. 2018 será um ano de muito aprendizado.
Deu brasil na cabeça! Adriano de Souza
é o campeão do Australian Open of Surfing. O primeiro evento 6
estrelas de 2014 foi finalizado nesse sábado em Manly Beach, Sydney, Austrália.
O nosso Mineirinho, que há poucos dias
atrás já havia feito a final do Volcom Pipe Pro - 5 estrelas surfando as ondas
pesadas e tubulares de Pipeline, ontem fez sua segunda final consecutiva e
venceu o campeonato de Manly surfando merrecas inconstantes. Ao se destacar
tanto nas bancadas de coral do Hawaii quanto nas merrecas dos beach breaks, Mineiro mostrou
que está muito bem preparado. Física e mentalmente. Seu surf está completo, agressivo,
maduro, focado e com uma determinação e uma força de vontade fora do comum.
Na final do Australian Open, evento na
casa do australiano e patrocinado pelo patrocinador de Julian Wilson, Adriano de Souza venceu o australiano de
forma esmagadora: 17.20 a 8.34. Julian Wilson voltou para casa
precisando de 17.21 para virar o resultado. #QueSurra
Entre as meninas quem levou o título
foi Carissa Moore, que foi igualmente arrasadora. Na final Carissa
somou 7.67 e 9.43 e venceu a também havaiana Alessa Quizon por 17.10 a 15.80. Só
para registro: o layback que a Carissa Moore acertou foi realmente
impressionante. E deixou muito atleta profissional com inveja. As brasileiras
não se deram muito bem na etapa,Silvana lima foi a melhor colocada, na 19ª
posição, e Bruna Schmitz e Jacqueline Silva ficaram
na 37º colocação.
Mas foi o “Brazilian Storm” que
trovejou forte nesse Australian Open. O evento entrou em sua fase final
com 3 brasileiros, 2 australianos, 1 francês, 1 havaiano e 1
norte-americano nas quartas-de-final. Adriano de Souza venceu o evento, Tomas
Hermes ficou em 3ª e Peterson Crisanto na 5ª colocação. Os três
detonaram, empolgaram os locutores e a torcida na areia e chegaram as fases
finais do evento mostrando um surf sólido e inteligente, com muita regularidade
e com muita determinação, com uma paixão quase visceral a cada onda surfada.
Heitor Alves, Alex ribeiro e Filipe Toledo surfaram muito bem, fizeram grandes
atuações em Manly e também merecem destaque.
QUARTAS
Na primeira bateria das
quartas, Julian Wilson venceu Peterson Crisanto.
Foi uma bateria bastante disputada, as médias foram bastante apertadas, 13.63
do aussie contra 13.03 do brasileiro, mas Julian Wilson acabou vencendo. Na segunda
bateria do dia, Tomas Hermes mais uma vez foi grande
e travou uma bela disputa contra o francês Jeremy Flores. Com um surfe afiado,
Tomas venceu por Jeremy por 13.33 a 13.17 de Jeremy. Na terceira
bateria, Adriano de Souza venceu o havaiano Fredrick Patacchia
por 15.77 a 14.33. E na última bateria das quartas, Patrick Gudauskas venceu o
aussie Bede Durbidge por 16.53 a 16.16.
SEMI FEMININA
Entre as meninas, 3 havaianas e uma
francesa fizeram as finais do evento. Na primeirasemi feminina,
Carissa Moore e Maud Le Car disputaram a vaga na final com muita dedicação. A
francesa liderou a bateria do início ao fim. Nos instantes finais, Carissa tentou
tirou uma onda salvadora da cartola e venceu a francesa por 9.34 a 9.26.
Na segunda semi, 100%
havaiana, Alessa Quizon mostrou dominância e venceu Malia Manuel por 14.90 a
12.60.
SEMI
MASCULINA
JULIAN WILSON (AUS) x TOMAS HERMES (BRA) Julian começou
liderando a bateria ao marcar 5.33 e 6.50 e essa foi uma bateria que começou
com poucas ondas. Tomas Hermes pegou uma boa direita, manobrou com pressão e
marcou 7.33. No finalzinho da bateria Tomas pegou mais uma boa direita e marcou
6.60. Julian Wilson logo atrás pegou uma boa onda e marcou 8.50, deixando o
brasileiro precisando de 7.68. Tomas teve sua chance, pegou uma boa onda e
executou várias manobras, mas os juízes deram nota 7.00. Julian Wilson
foi para a final do Australian Open of Surfing
ADRIANO DE SOUZA (BRA) x PATRICK GUDAUSKAS (USA) é com uma
determinação impressionante, Adriano lembrou o pugilista Mike Tyson. Mal tocou
a sirene e Adriano partiu como um furacão para cima do norte-americano: marcou
9.07, um 7.17, um 8.33 e ainda descartou um 7.87. Patrick Gudauskas ficou só assistindo
e nada pôde fazer. #KnockOut! Mineiro 17.40, Patrick G. 10.53.
FINAL FEMININA
CARISSA MOORE (HAW) x ALESSA QUIZON
(HAW) Na final havaiana quem se deu melhor foi Carissa Moore, que saiu na
frente com um 4.17 e um 7.67. Competidora ágil e agressiva, Carissa pegou uma
direita pequena, mandou um layback muito forte e radical: 9.43. Alessa Quizon
tinha um 7.93 e um 7.87, mas Carissa Moore surfou como uma verdadeira campeã
mundial e levou o título da etapa.
FINAL MASCULINA
ADRIANO
DE SOUZA (BRA) x JULIAN WILSON (AUS)
Mineiro foi quem abriu a bateria. Uma
onda de três manobras, uma delas bem forte, que lhe rendeu 8.33. Julian Wilson
começou errando suas manobras e marcou 3.67 e 1.33. E daí até o fim da bateria,
Julian Wilson não acertou mais nada. Julian, que tinha eliminado da disputa os
brasileiros Peterson Crisanto e Tomas Hermes, nas quartas e na semi, foi
esmagado por um gigante Adriano de Souza na final: 17.20 a 8.34.
Essa foi a primeira vez que um
brasileiro venceu o Australian Open of Surfing.
No
skate, os brasileiros também detonaram1. Bob Burnquist e Pedro Barros dois dos
maiores nomes do esporte, conquistaram prêmios no sábado e Pedro Barros venceu
a categoria Pro na piscina.
Negunda-feira começa a próxima etapa do ASP 6-Star em Newcastle, Austrália
e de 1º a 12 de março começa o WCT 2014 nas praias da Gold Coast. Essa perna
australiana promete!
O Quiksilver Pro France vai chegando em sua reta final. Kai Otton, John John Florence, Kelly Slater e Gabriel Medina, que venceram suas baterias no round 4 e conquistaram antecipadamente a vaga para as quartas-de-final do evento. Joel Parkinson, Mick Fanning, Filipe Toledo e Julian Wilson venceram suas baterias na repescagem do Round 5 e conquistaram as últimas vagas. Os melhores entre os melhores. Quem leva essa etapa? O Filipinho pode ser a mosca no champagne de Slater? As ondas estarão boas para as finais? As melhores notas vão sair nos tubos, nos aéreos ou nas manobras? As respostas para todas essas perguntas serão dadas na madrugada de hoje, quando deve recomeçar a 8ª etapa do circuito mundial para a realização de suas baterias finais. Mick Fanning ainda é o lider. Kelly Slater está coladinho atrás do australiano. Jordy Smith, o número 3 do ranking, perdeu para o brasileiro Filipe Toledo no Round 5 e aprendeu uma importante lição: Quem quer ser campeão mundial não pode dar bobeira. O Filipinho, que não é bobo, meteu um aéreo rodando e uma onda com algumas manobras de backside e tirou o grandão sul-africano do evento (e provavelmente da disputa pelo título). Outro que escorregou foi o australiano Taj Burrow, que perdeu para Mick Fanning no Round 5 e não é mais concorrente ao título de 2013. Mick Fanning e Kelly Slater aumentaram a vantagem e disputam cabeça-a-cabeça o título dessa temporada. Esse será o 3º Título Mundial do australiano Mick Fanning? Ou será o 12º Título Mundial de Kelly Slater? Ou melhor, alguém ainda aposta no 2º título de Joel Parkinson? Fiquem ligados na próxima chamada, que pode ocorrer a qualquer momento, a partir das 3 da madrugada, horário de Brasília.
QUARTAS-DE-FINAL Kai Otton (AUS) x Joel Parkinson (AUS) John John Florence (HAW) x Mick Fanning (AUS) Kelly Slater (USA) x Filipe Toledo (BRA)
Finalizou em Trestles, California, a 7ª etapa do circuito mundial da ASP.
Taj Burrow venceu a etapa, Mick Fanning tirou de Kelly Slater a liderança do tour e os surfistas da elite moeram as ondinhas
de LowerTrestles. Não foi um evento bonito e nem muito empolgante, mas o nível de
surf foi bom e a etapa colocou um pouco mais de tempeiro nessa reta final do campeonato mundial.
Agora é França, Portugal e Hawaii e pelo jeito o título de 2013 será disputado até o final.
Não foi aquele Trestles que todo mundo esperava. As ondas estavam
pequenas e bem demoradas, quase no limite do pico. Mas as ondinhas eram perfeitas, longas e possibilitavam todo tipo de manobras. E a galera arrepiou. Foi até legal ver os atletas competindo em
ondas ruins e mais parecidas com aquelas que nós, simples mortais, surfamos
diariamente. Se bem que talvez tenha muita gente aqui que adoraria e preferiria aquela merrequinha de Trestles
do campeonato do que seu pico de origem.
Mas nem tudo foi bom no Hurley Pro, o evento ficou marcado
pelas ondas minúsculas e pelo complicado julgamento. Muitas das baterias
deixaram margem para muitas discussões.
O que interessa é que Taj Burrow venceu com grande estilo na afinal 100%
australiana e entrou na briga pelo título.
Na primeira semi, Taj Burrow enfrentou o
sul-africano Jordy Smith e liquidou a fatura logo nos primeiros minutos de
bateria. Em sua primeira onda, executou três rasgadas fortes e finalizou com
uma batida na junção e ganhou 9.33. Logo em seguida, pegou outra direita,
mandou pequenas rasgada e finalizou com um aéreo na junção: 6.50. Jordy Smith
surfou ondas ruins e quase que desapareceu na bateria. Depois as ondas pararam de entrar.Apesar de não ter sido nem sombra do
mesmo Jordy que surfou até a semi, foi um dos grandes nomes do Hurley Pro. Nas ondas pequenas, esse grandão de 1,90 m detonou e saiu de Trestles como o número 3 do mundo. Uma belíssima ascenção de Jordy.
Na segunda semi, Julian Wilson e Michel Bourez disputaram a
segunda vaga da final. A bateria começou com poucas ondas e as duas melhores ondas dos atletas só vieram nos minutos finais da bateria. Julian Wilson surfou
melhor e venceu com certa facilidade o confronto. Michel Bourez fez um grande evento e mostrou muito power nas
merrecas. Impressionante como evoluiu sua técnica nas merrecas. No Rio de Janeiro também vi ele destruindo valinhas minúsculas no meio da Barra. Bourez saiu de Trestles com a 10ª colocação no ranking.
Na grande final, 100% australiana, Taj Burrow não deu
chances ao jovem Julian Wilson e conquistou sua primeira vitória em 2013. Taj
começou a bateria com um 8.67 em uma esquerda que rendeu três pancadas de
backside e uma batidinha na junção no final. 8.67. Julian respondeu com um 8.27 em uma direita que rendeu uma
rasgada, um pequeno aéreo rodando e uma batida na junção. Ganhou 8.27. Taj Burrow achou ainda uma boa dirita, rasgou forte, executou quatro
manobras fortes, marcou 8.40 e aumentou a vantagem. Julian ainda tentou uma
última onda, mandou um aéreo rodando e marcou 7.70. O surf forte e fluido de
Taj Burrow superou os aéreos de Julian Wilson.
Taj nunca havia vencido em Trestles. Ficou feliz demais e se
aproximou dos líderes do ranking e entrou na briga pelo título. Chances
matemáticas ele tem.
O evento só não foi muito bom para os brasileiros. A maioria
dos atletas do Brasil perderam suas baterias com julgamentos polêmicos.
Análises de julgamento a parte, nosso
brazilian storm, que tinha tudo para patrolar em 2013, ainda não conseguiu
mostrar seu melhor surf. Todos são atletas completos, talentosos e muito acima
da média, mas parecem n]ao estar conseguindo mostrar o seu máximo. O melhor surfista do
Brasil continua sendo Adriano de Souza, que mantém uma regularidade e um foco fora
do normal. Mineiro é o 8º do ranking mas é uma máquina de competir e sempre entra no jogo para ganhar.
Faltando três etapas para o término do campeonato, Mick Fanning é o novo líder do ranking, 1200
pontos na frente de Kelly Slater. Jordy Smith vem na 3ª colocação e Taj Burrow na
quarta. Joel Parkinson caiu para 5º. Adriano de Souza é o 8º, o único entre os Top 10. Filipe Toledo é o 17º, Gabriel Medina o 18º, Miguel Pupo o 26º, Alejo
Muniz é o 29º, Raoni Monteiro o 31º, Willian Cardodo é o 33º e Heitor Alves ocupa a 38ª colocação no ranking.
A próxima etapa acontece na França, de 26 de setembro a 6 de
outubro, no sudoeste da França.
HURLEY PRO AT TRESTLES FINAL RESULT: 1 - Taj Burrow (AUS) 17.07 2 - Julian Wilson (AUS) 15.97
HURLEY PRO AT TRESTLES SEMIFINALS RESULTS: SF 1: Taj Burrow (AUS) 15.83 def. Jordy Smith (ZAF) 11.10 SF 2: Julian Wilson (AUS) 17.40 def. Michel Bourez (PYF) 12.43
HURLEY PRO AT TRESTLES QUARTERFINALS RESULTS: QF 1: Jordy Smith (ZAF) 15.67 def. Kai Otton (AUS) 12.33 QF 2: Taj Burrow (AUS) 15.93 def. Patrick Gudauskas (USA) 13.70 QF 3: Michel Bourez (PYF) 17.90 def. Travis Logie (ZAF) 14.00 QF 4: Julian Wilson (AUS) 15.64 def. Josh Kerr (AUS) 13.04
HURLEY PRO AT TRESTLES ROUND 5 RESULTS: Heat 1: Kai Otton (AUS) 11.50 def. C.J. Hobgood (USA) 8.83 Heat 2: Taj Burrow (AUS) 15.60 def. Adriano de Souza (BRA) 14.47 Heat 3: Travis Logie (ZAF) 13.23 def. Mick Fanning (AUS) 11.74 Heat 4: Josh Kerr (AUS) 14.10 def. Adam Melling (AUS) 12.93
CURRENT ASP WCT TOP 10: 1 - Mick Fanning (AUS) 41,900 points 2 - Kelly Slater (USA) 40,700 points 3 - Jordy Smith (ZAF) 35,700 points 4 - Taj Burrow (AUS) 35,400 points 5 - Joel Parkinson (AUS) 32,450 points 6 - Josh Kerr (AUS) 29,600 points 7 - Julian Wilson (AUS) 28,850 points 8 - Adriano de Souza (BRA) 27,500 points 9 - C.J. Hobgood (USA) 27,200 points 10 - Michel Bourez (PYF) 26,500 points 10 - Nat Young (USA) 26,500 points