WSL/Pierre Tostee
Por: Dadá Souza
O brasileiro Filipe Toledo venceu hoje, pela segunda vez
consecutiva, o clássico evento de Jeffrey´s Bay, a mítica onda da África do
Sul. Filipinho venceu seu segundo evento em 2018, mostrou que está surfando bem mais do que um nível acima e assumiu a liderança do
circuito mundial.
Não se trata de torcida ou ufanismo. Filipe Toledo fez um evento perfeito em J-Bay. Uma campanha irretocável e arrasadora. No Round 1 Filipinho venceu Matt Wilko e Wiggolly Dantas sem dificuldade comando 13.84; no Round 3 derrotou Yago Dora somando 16.60; no Round 4 venceu Sebastian Zietz e Adriano de Souza com a somatória de 17.23; no Round 5 eliminou Gabriel Medina somando 17.50; na semifinal atropelou Kanoa Igarashi somando 18.90 pontos; e na final derrotou o australiano Wade Carmichael por 16.80 a 15.33. Um total de 100,87 pontos e uma certeza: ninguém nunca surfou como Filipe Toledo em Jeffrey´s Bay. Ninguém.
Wade Carmichael também foi um grande surfista em J-Bay. Seu surfe foi sempre muito potente e agressivo e não deixou dúvidas em suas apresentações. Wade apareceu no circuito com seu jeito quietão, sem equipe, família ou purpurinas. Já fez duas finais em 2018 e é o atual top 6 do ranking. Provavelmente será o Rookie of the Year esse ano. Power surfe sem firulas.
A troca de guarda no circuito mundial é mais do que evidente. Antes algumas ondas separavam os homens dos meninos. Hoje os meninos cresceram e estão lanchando seus ídolos no café da manhã. Filipe Toledo sem dúvida alguma ditando um novo ritmo para as ondas de J-Bay. Sua segunda vitória na "Baía do Jeferson" também nos revela um segredinho dessa onda: poucos a dominam. De 2000 pra cá Mick Fanning venceu ali por 5 vezes, Kelly Slater venceu 4, Joel Parkinson, Jordy Smith e Jake Paterson venceram 2 vezes em J-Bay. Fora isso vitórias ocasionais de Taj, Andy e Mineiro (no QS). Em 17 anos somente oito surfistas venceram ali.
Não se trata de torcida ou ufanismo. Filipe Toledo fez um evento perfeito em J-Bay. Uma campanha irretocável e arrasadora. No Round 1 Filipinho venceu Matt Wilko e Wiggolly Dantas sem dificuldade comando 13.84; no Round 3 derrotou Yago Dora somando 16.60; no Round 4 venceu Sebastian Zietz e Adriano de Souza com a somatória de 17.23; no Round 5 eliminou Gabriel Medina somando 17.50; na semifinal atropelou Kanoa Igarashi somando 18.90 pontos; e na final derrotou o australiano Wade Carmichael por 16.80 a 15.33. Um total de 100,87 pontos e uma certeza: ninguém nunca surfou como Filipe Toledo em Jeffrey´s Bay. Ninguém.
Wade Carmichael também foi um grande surfista em J-Bay. Seu surfe foi sempre muito potente e agressivo e não deixou dúvidas em suas apresentações. Wade apareceu no circuito com seu jeito quietão, sem equipe, família ou purpurinas. Já fez duas finais em 2018 e é o atual top 6 do ranking. Provavelmente será o Rookie of the Year esse ano. Power surfe sem firulas.
A troca de guarda no circuito mundial é mais do que evidente. Antes algumas ondas separavam os homens dos meninos. Hoje os meninos cresceram e estão lanchando seus ídolos no café da manhã. Filipe Toledo sem dúvida alguma ditando um novo ritmo para as ondas de J-Bay. Sua segunda vitória na "Baía do Jeferson" também nos revela um segredinho dessa onda: poucos a dominam. De 2000 pra cá Mick Fanning venceu ali por 5 vezes, Kelly Slater venceu 4, Joel Parkinson, Jordy Smith e Jake Paterson venceram 2 vezes em J-Bay. Fora isso vitórias ocasionais de Taj, Andy e Mineiro (no QS). Em 17 anos somente oito surfistas venceram ali.
O Corona Open J-Bay foi a 6ª das 11 etapas do circuito
mundial. Um campeonato tão especial que é difícil acreditar que um dia alguém
resolveu tirar essa etapa do tour. Ondas
desafiadoras, local selvagem, ondas alucinantes, surf de alta performance para
tubos, manobras. Sem falar nos tubarões brancos que sempre aparecem para
conferir as baterias de perto. Para quem está no Brasil não é um evento fácil de acompanhar, mas foi a etapa do ano até agora.
Vale lembrar que essa foi a 5ª vitória brasileira em 6 etapas realizadas e que o Brasil está liderando o CT com o Filipe Toledo e o QS com o Peterson Crisanto. O Brasil hoje tem a maioria dos competidores do Championship Tour e caminha reto e direto para seu terceiro título mundial.
QUARTAS DE FINAL
Conner Coffin
(USA) e Wade Carmichael (AUS)
abriram as quartas com uma bateria morna que só esquentou com a presença de um
tubarão branco no lineup. Wade surfou melhor, fez duas notas na casa dos 6 pontos
e venceu a disputa por 12.87 a 10.40. Essa bateria está disponível aqui.
Julian Wilson
(AUS) e Jordy Smith (ZAF) fizeram um
grande confronto. O líder do ranking contra o talentoso sul-africano. Um duelo
acirrado onde quem ganhou foi o público. Jordy Smith escolheu melhor suas
ondas, surfou um pouco melhor e venceu a disputa por 13.43 a 12.96. A galera na
praia fez muito barulho e o líder do ranking foi eliminado da competição. Essa bateria está disponível aqui.
Filipe Toledo
(BRA) e Gabriel Medina (BRA) fizeram
o confronto brasileiro das quartas. Filipe saiu na frente e dominou a bateria somando 8.17 e 7.93. Medina entrou na bateria já na metade do
confronto com uma onda de 7 manobras que lhe rendeu 9.10 pontos. Faltando 2
minutos para o fim da bateria, Medina precisava de 7 pontos, pegou uma boa onda
de 6 manobras mas não conseguiu virar o resultado . Filipe Toledo venceu por
16.10 a 15.60.
Kanoa Igarashi
(JPN) e Sebastian Zietz (HAW) fecharam
as quartas com confronto dominado pelo Kanoa Igarashi que escolheu as melhores
ondas e surfou sem erros. Essa bateria está disponível aqui.
SEMIFINAL
Wade Carmichael (AUS) e
Jordy Smith (ZAF). A briga do novato no
tour contra o bicampeão do evento começou com poucas ondas surfadas. Jordy
começou surfando melhor, Wade Carmichael virou a bateria depois da metade do
confronto com uma boa onda. Faltando pouco mais de 7 minutos Jordy surfou uma
excelente onda e marcou 6.23 e não gostou da nota. Faltando menos de 4 minutos Wade
Carmichael estava tranquilo com a prioridade nas mãos. Jordy pegou uma última onda,
começou bem, mas arriscou tudo em um aéreo superman, caiu e perdeu a chance de
ir para final.
Filipe Toledo (BRA) e Kanoa Igarashi (JPN) Filipinho e Kanoa é sempre certeza de rivalidade. Aquela interferencia ficou atravessada na garganta de Filipinho. Uma interferência que tem custado bem caro para o japonês até hoje. Kanoa não começou mal. O "problema" foi que o Filipe Toledo começou surfando muito forte, muito rápido e emplacou duas notas sólidas rapidinho 9.57 e 9.33. Kanoa Igarashi ficou em combinação de ondas e nada pode fazer contra o brasileiro.
FINAL
Filipe Toledo (BRA) x Wade Carmichael (AUS) fizeram a grande final do Corona Open J-Bay com méritos. Durante todo o evento foram dois surfistas que se encaixaram muito bem nas ondas de Jeffrey´s Bay e que jogaram muita água pra cima. Filipe, surfando muito rápido abriu a bateria com uma nota 8.50. Wade, surfando muito forte, abriu com uma nota 8. Poucas ondas estavam entrando e faltando poucos minutos para o final da bateria Filipe Toledo pegou uma ótima onda, marcou 8.30 e aumentou sua liderança. Filipe bicampeão em JBay surfando de forma sempre avassaladora
“Eu sempre sonhei em conseguir duas vitórias seguidas no mesmo evento e não poderia ser mais especial isso acontecer aqui em J-Bay”, disse Filipe Toledo. “No ano passado deu altas ondas, esse ano tivemos boas ondas também todos os dias e só tenho que agradecer à Deus. Obrigado Jesus, minha família e a todos que torcem por mim. Eu me sinto muito abençoado agora por tudo que vem acontecendo comigo esse ano”.
RANKING ATUALIZADO
Filipe Toledo é o novo líder do ranking seguido de Julian Wilson, Gabriel Medina, Italo Ferreira, Jordy Smith, Wade Carmichael e Willian Cardoso.
DITADURA FACEBOOK
Para ganhar alguma grana, a WSL fechou um contrato com o
Facebook para fazer as transmissões pela controversa plataforma do igualmente
controverso Mark Zuckerberg. Ser obrigado a assistir o evento pelo facebook, a
gente até entende, mas transmissão monótona, sem opções de escolha, com um "chat chato" e com pouca
informação não deu para engolir. A reclamação foi mundial.
SHARK WEEK WSL
Em Margaret River dois ataques em praias próximas ao campeonato fizeram com que a diretoria da WSL cancelasse o evento. Em Jeffrey´s Bay o evento foi paralisado duas vezes por ter tubarão na área da competição, filmaram o bicho, esperaram ele passar e o evento voltou pra água. Imagine você como deve ter ficado feliz o Departamento de Turismo de Margaret River que pagou uma fortuna para que o evento promovesse a sua cidade...
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