14 de julho de 2010

O surf nos anos 80

Ando assistindo (de longe) esse retorno da moda dos anos 80. A TV está tentando nos empurrar esse revival goela abaixo, e até as marcas do surf andam fazendo roupas e acessórios inspirados na época, onde tudo era mega-colorido e exagerado. Não tenho nada contra a onda retro e até acho muito legal as constantes análises, referências e releituras do passado. Mas sempre achei os anos 80 muito punk. Tudo colorido e poluído, é demais para o meu gosto.

Mas é claro que tem as coisas boas dessa década. Minha infância e adolescência aconteceram durante os 80's e trago muitas boas lembranças na cabeça. E foi lembrando disso tudo, numa espécie de “Tubo do Tempo”, que viajei longe, lembrando do meu início no surf, dos meus ídolos da época e todo um mar de lembranças... Principalmente do mar.

Aos poucos fui sendo enviado a um passado já longínquo, onde as pranchas eram mais largas, tinham mais borda e onde a vida era tão menos violenta e despreocupada. O que importava era surfar e se divertir. Minha primeira prancha foi uma 30°Sul, feita na antiga fábrica da SpeedLine, shapeada pelo M’Dio, que era um moleque na época. Pois essa prancha, colorida como os anos 80, plantou em mim a semente do surf e me apresentou ao mundo das ondas. Nunca mais deixei esse mundo.

O surf no Brasil teve a sua grande explosão durante os anos 80, quando as competições se popularizaram (devido à ascensão das marcas de surfwear. Com os grandes eventos, surgiram os ídolos e o nosso esporte deixava de ser uma prática quase marginal, para ser, de fato, um esporte organizado e economicamente muito forte. Foi nessa década também, que foi fundada a ABRASP (Associação Brasileira dos Surfistas Profissionais), e do primeiro título mundial do Brasil (Fabio Gouveia Campeão Mundial Amador em Porto Rico 88). Tivemos ainda o evento da Hang Loose na Joaquina Clássica, o campeonato da Mormaii na Silveira e, lá no sul, o épico Circuito Renner de Surf.

Muitas lembranças... Mas como diz o Thaíde: “Que tempo bom, que não volta nunca mais...”

E não posso deixar de falar nessa galera, que pegava muita onda e que ajudaram direta e indiretamente a fazer toda a nossa Indústria Surf:
Carlos Burle, Cauli Rodrigues, Dadá Figueiredo, Davi Huzadel, Eraldo Gueiros, Fabinho Gouveia, Fedoca, Felipe Silveira, Fernando Bittencourt, Fred D’Orey, Giovanni Mancuso, João Capilé, Jojó de Olivença, Luis Neguinho, Neno do Tombo, Paulinho do Tombo, Pedro Muller, Picuruta Salazar, Piu Pereira, Ricardo Bocão, Renan Pitanguy, Renato Phebo, Ricardo Tatuí, Ricardo Toleto, Roberto Valério, Rodrigo Resende, Sérgio Noronha, Taiu, Teco Padaratz, Tinguinha Lima, Tito Rosemberg, Tuca Gianotti, só para falar no nome de alguns, porque ainda tem muita gente boa e dedicada, que ajudou a fortalecer o esporte e o mercado do surf no Brasil, e que não está nesta lista. E os gringos: Barton Lynch, Brad Gerlach, Christian Fletcher, Derek Ho, Gary Elkerton, Glen Winton, Mark Occhiluppo, Martin Potter, Matt Archbold, Richie Collins, Rob Bain, Ronnie Burns, Tom Curren e Tom Carrol. Mestres!!!!!!

Os vídeos abaixo, uma pequena e despretensiosa lista do que está postado no YouTube, mostram um pouco do que era o surf nos anos 80. Espero que gostem:














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