O ano foi mesmo dos australianos.
Joel Parko começou o ano de forma arrasadora, não dando chances a ninguém. Venceu a primeira etapa do tour em casa, na Gold Coast, a segunda em Bells, fez um novo em Teahupoo, um terceiro no Brasil e venceu novamente em J-Bay. Até a metade do tour, o título estava praticamente nas mãos de Parko.
Na outra metade do tour, foi a vez de Mick Fanning arrasar. Como uma máquina de guerra, Fanning veio correndo por fora todo o circuito até que venceu em trestles, na França e em Portugal e foi pro Hawaii precisando passar uma bateria na frente de Parko, o que aconteceu e foi o suficiente para vencer seu segundo título mundial.
Tirando o título mundial de Mick Fanning, os quatro primeiros lugares do ranking ficaram com os australianos (Fanning, Parko, Bede e Taj), assim como o título da tríplice coroa havaiana, que ficou com Joel PArkinson, e do Pipeline Masters, vencido por Taj Burrow. Os aussies patrolaram tudo.
O único título que não levaram foi o de roockie of the year, que ficou com o gordinho Kekoa Bacalso.
Mas não é só o surf brasileiro que acaba em festa. Nosso pequeno gigante Adriano de Souza, o Mineirinho, surfou MUITO o ano inteiro e acabou o circuito como TOP 5 do circuito mundial, fato que merece nosso mais profundo respeito e admiração. Mineiro melhorou demais no tour, corrigiu seu excesso de movimentos em cima da prancha, amadureceu bastante seu lado psicológico e sua auto-confiança, ganhou experiência nas ondas do tour e finalizou o ano na frente do careca Kelly Slater.
Que ano pro Mineiro e pro surf brasileiro. Uma pena que nosso Mineiro brigou praticamente sozinho no tour.
Jihad teve algumas boas apresentações mas não demonstrou um surf a altura do World Tour e deu adeus ao circuito ao cair logo na primeira fase do Pipeline Masters. Já o cearense Heitor Alves tem um surf moderno e agressivo, potente o suficiente para arrasar qualquer um dos caras do tour, mas infelizmente Heitor não teve o suporte e a inteligência emocional necessária. Uma pena, já que são dois grandes e guerreiros atletas do surf brasileiro.
Kelly Slater, apesar de não ter conseguido o seu 10 título mundial, é outro que merece um grande destaque. Sem sombra de dúvidas, foi um dos caras que mais surfou esse ano. O tio Kelly tem surf de sobra e tem mais talento (e surf) do que qualquer outro cara do tour. Slater só não venceu o tour porque deu mole em algumas etapas e porque sofreu um sério preconceito por ter tido a coragem de inovar com seu equioamento. Na grande maioria das etapas, Kelly surfou com pranchas minúsculas e com 4 quilhas. Mas isso não atrapalhou o seu surf. Pelo contrário, nunca vi o Kelly tão colado nas suas pranchas. Acho que seu maior problema foi mexer com o ego dos outros atletas do tour e de alguns juízes que acharam que Kelly estava "tirando onda no tour" com suas mini-pranchas.
Agora é esperar 2010 para ver tanta gente nova (e boa) no circuito mundial. Além dos brasileiros Adriano de Souza, Jadson André, Marco Pole e Neco Padaratz, teremos atletas como Daniel Ross (AUS), Patrick Gudauskas (EUA), Adam Melling (AUS), Owen Wright (AUS)todos excelentes surfistas da nova geração.
Será que a ASP vai mudar seus critérios de julgamento? Teremos uma evolução do tour? Vai dar mais onda que esse ano? Os brasileiros (e brasileiras) conseguirão enfim impor seu ritmo e conquistar um título mundial?
Agora é esperar 2010 pra ver.
PS Parabéns Mineiro!! O Brasil inteiro está orgulhoso de você.
CJ não foi a primeira vítima deste australiano. Ele joga sujo mesmo, principalmente contra os nossos Brasileiros...gosta de puxar a lycra na maior cara de pau. Parabéns para o CJ que publicou a evidência na web. Agora a carreira do australiano vai ficar manchada para sempre.
ResponderExcluirVerdade. Muito bem observado!
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