30 de julho de 2009

ASP WORLD TOUR – STOP 2 – BELLS BEACH - AUSTRALIA

RIP CURL PRO BELLS BEACH

A segunda etapa do ASP World Tour 2009 aconteceu nas direitas de Bells Beach, na Austrália, e estreou um novo formato nas competições do tour, formato sem a tradicional repescagem, a famosa “morte súbita. Perdeu, tá fora. Outra novidade desse formato é que as baterias serão todas homem-a-homem, e os oito melhores do ranking em 2008 entram direto na segunda fase da competição. Segundo a ASP, o novo formato reduz o tempo necessário para a realização de uma etapa.

A etapa de Bell’s é a mais antiga e tradicional do circuito mundial, já está em sua 37 edição. O troféu do evetento, em forma de sino é objeto de desejo de 10 entre 10 competidores. As maiores lendas do surf mundial já assinaram o troféu e badalaram o sino.

O evento começou em Bell’s depois foi transferido para a bancada de Winkipop, situada á esquerda de Bell’s.

Heitor Alves foi o primeiro brasileiro a dar adeus a competição, sendo eliminado pelo australiano Jay Thompson na primeira fase da competição. Heitor fica com a 33 colocação e não mostrou a que veio.

Jihad passa pelo americano Patrick Gudauskas na primeira fase, mas perdeu para o australiano Tom Whitaker na fase seguinte. Jihad não conseguiu ler corretamente as ondas de Bells e não soube segurar a prioridade numa hora crucial da bateria.

No feminino, a brasileira Silvana Lima derrotou a australiana Stephanie Gilmore na final e consegue sua primeira vitória no tour surfando muito bem e fazendo a festa brasileira na australia. A brasileira é a atual numero 2 do ranking mundial.

VEJA O VIDEO
http://www.youtube.com/watch?v=_ErGCwhakPE

Kelly Slater mais uma vez aposta nas pequenas quadriquilhas e é eliminado novamente em sua bateria de estréia, desta vez para o jovem australiano Owen Wright que encontrou as melhores ondas da bateria.

Adriano Mineirinho também perdeu em sua bateria de estréia para o inspirado australiano drew Courtney.

"Vi as ondas do Drew, ele surfou bem, fez um 9 e um 7. São cinco profissionais ali julgando e eu não me preocupo em saber se a nota foi justa ou não. Fiz um papel legal, deixei uma boa impressão aqui, mas não foi suficiente para passar a bateria. Agora, a única coisa que tenho de fazer é pensar em Teahupoo", diz Adriano no site Waves.
Ao término da bateria, diversas pessoas parabenizaram o brasileiro pela performance e contestaram o resultado do confronto, inclusive alguns australianos.



Kelly Slater e Mick Fanning vencem a expession session. Kelly com sua 5’4 executou um belo carving com 360 e Mick deu um belo cutback forçando a rabeta. Os dois dividiram os U$ 1.000 do premio.
Na primeira semi, dois talentosos surfistas (e que tem um estilo de surf muito parecido) se enfrentaram dando show de surf. Os dois se revezaram la liderança da bateria o tempo todo e no final Joel (16.33) derrotou o sul-africano Jordy Smith (15.24) garantindo mais uma final.

VEJA O VIDEO
http://www.youtube.com/watch?v=y0tsM3kX0lY


Na segunda bateria da semi-final, o local Adam Robertson, que saiu das triagens do evento venceu o havaiano Fred Patacchia por 13.87 a 12.73.

Na final, Joel (17.40) mostrou experiência e um surf refinado e não deu chances a seu adversário, o local Adam Robertson (13.37) nas boas direitas de Bell’s. O surf refinado de Joel Parkinson foi superior e Parko vence a segunda etapa consecutiva do ano. Duas etapas, duas vitórias.

VEJA O VIDEO
http://www.youtube.com/watch?v=Mv21tuZmcU0


Mas o grande nome do evento foi mesmo o australiano joel Parkinson, que conquista sua segunda vitória seguida no tour e marcha forte rumo ao titulo. Em sua 15 vitoria, parko derrotou o local Adam Robertson pelo placar de 17.40 a 13.37 pontos. É a segunda vez que Parko toca o sino em Bells.

"Vencer em casa é provavelmente a vitória mais especial que pode existir, mas este é o troféu mais especial que você pode ter", diz Parko. "Não há outro troféu no surf com o prestígio e a honrosa lista de campeões como este. É incrível levantar novamente essa taça ", continua o aussie.

RIP CURL PRO BELLS BEACH FINAL RESULTS:
1 – Joel Parkinson (AUS) 17.402 – Adam Robertson (AUS) 13.37
RIP CURL PRO BELLS BEACH SEMIFINAL RESULTS:
SF 1: Joel Parkinson (AUS) 16.33 def. Jordy Smith (ZAF) 15.24
SF 2: Adam Robertson (AUS) 13.87 def. Fred Patacchia (HAW) 12.73
RIP CURL PRO BELLS BEACH QUARTERFINAL RESULTS:
QF 1: Joel Parkinson (AUS) 13.17 def. C.J. Hobgood (USA) 8.66
QF 2: Jordy Smith (ZAF) 15.50 def. Mick Fanning (AUS) 15.16
QF 3: Adam Robertson (AUS) 14.26 def. Kekoa Bacalso (HAW) 12.33
QF 4: Fredrick Patacchia (HAW) 14.13 def. Kieren Perrow (AUS) 12.17

Resultado do Rip Curl Pro 2009

1 Joel Parkinson (Aus)
2 Adam Robertson (Aus)
3 Fred Patacchia (Haw)
3 Jordy Smith (Afr)
5 Kekoa Bacalso (Haw)
5 Kieren Perrow (Aus)
5 C.J. Hobgood (EUA)
5 Mick Fanning (Aus)
17 Adriano de Souza (Bra)
17 Jihad Khodr (Bra)





MINHA NOVA PRANCHA VELHA


Essa eu vi no Surf4ever http://surf4ever.wordpress.com/ e achei demais. O sujeito da foto estava impedido pela mulher de aparecer em casa com mais pranchas novas. O cara, que nao era bobo, mandou fazer uma prancha nova e o shaper da Moonlight Glassing, Malcolm Campbell, pintou a prancha como se fosse um tocão velho, amarelado e cheio d'água. Vale a idéia para quem tem o mesmo problema. Ou faz uma dessas, ou leva a esposa praquela praia deserta e isolada e deixa ela lá.

29 de julho de 2009

ASP WORLD TOUR – STOP 1 - GOLD COAST – AUSTRALIA

QUIKSILVER PRO 2009

A etapa de abertura do Circuito Mundial é sempre um show de surf. Ondas perfeitas e palco natural para eventos de surf, o Quiksilver Pro, na Gold Coast australiana é uma daquelas etapas que enchem os olhos do mundo do surf.

As condições do mar foram um tanto difíceis e obrigaram o evento a usar uma estrutura móvel para acontecer em diferentes ondas da região. As baterias aconteceram nas ondas de Duranbah, Snapper Rocks e as finais na bancada de Kirra.

Heitor Alves não apresenta seu melhor surf e fica na 17 colocacao mas ganha a expession session com um bom aéreo que lhe rendeu U$ 2.500

Kelly Slater diz que vai se dedicar a conquista do décimo titulo mundial, aparece com uma prancha 5’3, quadriquilhas e arrebenta no freesurf, chocando o mundo do surf. Mas no evento perdeu para o novato Julian Wilson e, como há muito não acontecia, cai fora da disputa logo na primeira fase da competição.

Jihad faz uma boa estréia no Dream Tour, venceu importantes baterias e conquista uma nona colocação. Nada mal para o paranaense começar o ano como o numero 9 do tour.

As finais do evento aconteceram em ondas de 2,5 metros na praia de Kirra. Tubão, power surf e um espetáculo para o publico presente no primeiro evento do ano.

Na primeira semi, Joel Parkinson (9.93 e 10.00) vence o também local Mick Fanning (9.43 e 8.23) por 19.93 a 17.66. Uma bateria de dois pesos pesados do Tour e com ondas incrivelmente bem surfadas.

Na segunda bateria da semi-final, Adriano Mineirinho (7.17 e 7,67) surfa muito e esmaga o australiano Taj Burrow (3,67 e 1,67) por 14.84 a 5.34.

Na final, Joel (8.83 e 10.00) continua quebrando tudo e surfando com muito estilo e não da chances a Adriano de Souza (4.30 e 7.00). Parko faz 18.83 contra os 11.30 de Mineirinho.

Nosso mineirinho Adriano de Souza começa o ano bem demais. Surfando muito, o brasileiro foi derrotando um a um de seus adversários, eliminando atletas como Taj Burrow, Fred Pattachia, Bede Durbidge entre outros, faz sua primeira final no tour e começa o ano como numero 2 do mundo. Fato inédito para o surf brasileiro. Evoluindo a olhos vistos, Mineirinho a cada evento parece mais afinado com as condições de onda e julgamento do tour.

"Estou muito feliz. Foi incrível esse campeonato, passei por grandes estrelas e estou muito feliz por iniciar o ano assim tão bem. Agora tenho mais responsabilidade, mais trabalho a fazer. Vou me dedicar mais ainda aos meus treinos, às minhas pranchas. Acho que esse resultado está me dando mais energia, mais gás pra chegar bem a Bells. A única coisa que penso agora é manter o foco, a mesma determinação que tive neste campeonato, para que eu possa fazer um grande trabalho em Bells", diz Adriano.


Joel Parkinson surfa muito, apresenta o melhor surf da competição e vence em casa, fazendo a festa da torcida local. Parko mostra que está com vontade dobrada para conquistar seu primeiro titulo mundial.

"Há muito tempo eu não sentia o gosto da vitória", diz Parko. "Até a buzina tocar, eu não sabia qual a emoção que sentia. Você fica contagiado com o barulho da galera até você reencontrar a família e os amigos, que é onde você realmente sente todas as emoções. Agora estou eufórico e alucinado, e vai levar algumas horas para voltar ao normal". Diz Parko no site Waves.



Resultado do Quiksilver Pro 2009

1 Joel Parkinson (Aus)
2 Adriano de Souza (Bra)
3 Mick Fanning (Aus)
3 Taj Burrow (Aus)
5 CJ Hobgood (EUA)
5 Damien Hobgood (EUA)
5 Bede Durbidge (Aus)
5 Adrian Buchan (Aus)
9 Jihad Khodr (Bra)
17 Heitor Alves (Bra)

28 de julho de 2009

ONDAS DO SUL

Impressionante a capa da revista SOLTO que recebi durante o WCT em Imbituba.
Todos sempre falam que no Rio Grande do Sul não dá onda, que as praias são abertas e de ondas cheias e mexidas. A foto da capa, clicada pelo do fotógrafo Caio Guedes mostra uma sessão na Praia da Cal digna de fazer inveja a Snapper Rocks. Outono com altas ondas no litoral norte gaúcho. Não é a toa que Neco anda por lá treinando forte.



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ARTE NAS ROUPAS DE NEOPRENE

Esse cara inovou.
Há muito tempo surfamos todos com roupas de neoprene praticamente iguais. No geral são pretas, com poucas inovações em termos de design, apenas com algumas diferenças de corte e colocação de logotipos dependendo de cada marca. Olhando os surfistas na praia, todos parecem iguais. São raras as marcas que investem em design para diferenciar seus atletas.

Com isso em mente, Diddo, um designer e professor de artes de Utrecht, na Holanda, decidiu redesenhar as roupas de neoprene, apresentando novos padrões que são no mínimo originais. Usando tintas especiais e técnicas de impressão únicas, Diddo conseguiu resultados impressionantes.

A primeira edição de seu trabalho saiu com quatro desenhos:
- uma roupa que dá a ilusão do surfista ter sido atacado por um tubarão,
- um long que representa toda a musculatura humana
- o padrão da pele do tubarão baleia
- uma roupa que dá a impressão do neoprene estar todo enferrujado.

São propostas únicas e diferenciadas nesse mercado tão pouco original.

O trabalho do artistas e mais informações podem ser vistas no site http://bydiddo.com/ ou pelo email info@bydiddo.com



Wetsuits are both functional and protective, but why must they all look the same? Is there some unwritten law that dictates we shed our individuality to blend into the monotone waters? Not to challenge Mother Nature’s art direction but it’s high time for a change. With that in mind, I took up the challenge to create an alternative. With custom inks and unique printing techniques, I was able to map textures onto the suits to create original designs that evoke the mysteries of the seas.
The first edition contains four original designs: a rusted iron diving suit evoking the days of Jules Verne, the anatomic musculature suit as a homage to our inner strength, a wet suit which gives the illusion that the wearer has been attacked by a group of hungry sharks and finally a whale shark patterned suit that celebrates the brilliance and originality of our natural water world. More images in post.
Soon available. For requests please contact me.

LAGE DA JAGUARUNA - SC - BRASIL

Enquanto mais da metade do Brasil jura que aqui não tem onda de verdade, e muito menos onda grande, um grupo de surfistas liderados pelo tow surfer Thiago Jacaré vem surfando e colecionando historias nesta, que muitos dizem ser a maior (e mais constante) onda do Brasil.

A onda fica a 6 kms da costa, na praia de Jaguaruna, município localizado no litoral sul de Santa Catarina, e é um prato cheio para quem procura um surf cheio de ação e adrenalina. Da beira, só é possível avistar uma espuma perdida no horizonte. Quando chega perto, o monstro começa a mostrar seu power.

A lage da Jaguaruna foi desbravada pelo lendário e insano Zeca Sheffer, local de Torres e um dos principais big surfers do sul do brasil que faleceu em 2007 num acidente de carro na BR 101.
Hoje o local Thiago Jacaré, juntamente com um bando de malucos composto por Plínio Cruz, Chiquinho Prieto, Leandrinho Lima, Ricardo Amassado, Capilé, André Paulista, entre outros, são presenças constantes nos grandes swells. Jacaré monitora todas as ondulações e recebe muito bem a galera que chega com fome de grandes ondas.

Vale lembrar que essa é uma onda para poucos. Chegar lá não é fácil, é preciso contar com uma equipe de apoio e resgate, afinal a onda quebra em cima de uma lage de pedra extremamente rasa (chega a 1 metro de profundidade em alguns locais), a correnteza é bem forte e lobos e leões marinhos são presença fácil no pico. Uma vaca aqui e você pode estar bem encrencado.

A onda da Jaguaruna é mais um dos picos descobertos nessa época em que jetskis e botes surgiram no mundo do surf, possibilitando inúmeras descobertas Brasil afora.